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Premiê italiano sinaliza intenção de seguir no cargo, mas exige união de partidos de coalizão

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Mario Draghi teve pedido de renúncia rejeitado pelo presidente na semana passada; durante discurso realizado nesta quarta, 20, ele apelou para reconstrução do ‘pacto de confiança’

O primeiro-ministro italiano Mario Draghi sinalizou nesta quarta-feira, 20, sua intenção de seguir no cargo, uma semana após informar que iria renunciar mas ser impedido pelo presidente Sergio Mattarela. Contudo, durante um longo discurso realizado nesta quarta-feira, 20, ele assegurou ao Senado que a única saída para a atual crise política pela qual a Itália está passando é chegar a um novo “acordo” entre as partes em disputa. “O único caminho a seguir, se quisermos ficar juntos, é reconstruir um pacto com coragem, abnegação e credibilidade”, propôs Draghi após perder o apoio de um partido de coalizão nacional que presidiu na semana passada.

Especulava-se que durante o discurso, Draghi iria apresentar sua renúncia, mas não aconteceu, e o que ele fez foi alertar que “a Itália não precisa mostrar confiança aparente, que desaparece quando se trata de tomar medidas difíceis” e pontuou uma série de questões que o país enfrenta, como: guerra na Ucrânia, desigualdade social e aumento dos preços. Diante desse cenário, ele questionou diretamente os partidos de sua ampla coalizão que inclui da direita à esquerda: “Vocês, partidos e parlamentares, estão prontos para reconstruir esse pacto?”. “A resposta a essa pergunta não deve ser dada a mim, mas a todos os italianos”, disse ele. “A Itália é forte quando está unida”, acrescentou. Os desafios internos (recuperação econômica, inflação, emprego) e externos (independência energética, guerra na Ucrânia) que a Itália e a União Europeia enfrentam “exigem um governo verdadeiramente forte e unido e um Parlamento que o acompanhe com convicção”, sublinhou.

Na noite desta quarta (14h30 de Brasília), Draghi passará por uma moção de confiança. Uma eventual queda do governo de unidade poderia desencadear uma onda de revolta social diante da inflação galopante, ameaçar o gigantesco plano de recuperação financiado pela União Europeia e alimentar o nervosismo dos mercados. Segundo as pesquisas, a maioria dos italianos quer que Draghi permaneça no cargo, uma das razões pelas quais ele recuou e não confirmou sua renúncia. O primeiro-ministro deve comparecer perante a Câmara dos Deputados na quinta-feira, de acordo com o método decidido pela república parlamentar. Após a abertura do debate, em que cada partido ilustrará sua posição, um voto de confiança definirá com qual maioria conta para continuar governando ou não.

*Com informações da AFP

Fonte: Jovem Pan News

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