Uma nova imagem do telescópio espacial James Webb promete prender a sua atenção – talvez até mais do que as cinco imagens reveladas no último dia 12 – ao mostrar a galáxia espiral Messier 74 (M74) em um ângulo bem diferenciado.
A foto, que você confere abaixo, foi compilada pelo astrônomo Gabriel Brammer, que fez o download dos dados brutos da imagem, aplicando em seguida três dos nove filtros do Instrumento Infravermelho de Média Distância (MIRI) do telescópio, permitindo uma visão inédita da região no espaço.
A galáxia espiral M74 está localizada a 32 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Peixes. Ela é um dos alvos preferidos de entusiastas da astronomia devido à sua orientação: ela está bem “de frente” com a Via Láctea, como se estivesse nos encarando “olho no olho”. Desta forma, imagens mais comuns dela mostram em evidência seus longos braços em espiral.
“Vamos só ver aqui o que o James Webb observou ontem…caramba”, tuitou Brammer, que é professor associado do Centro Dawn de Cosmologia na Universidade da Dinamarca. “Estamos bebendo direto de uma mangueira de incêndio”, disse a Dra. Janice Lee, chairman do programa Cosmic Origins da NASA, mencionando uma expressão comum do idioma inglês, usada para exemplificar uma “inundação” de sensações e informações.
Uma galáxia espiral como a M74 costuma ser alvo de diversos estudos científicos, devido ao alto volume de material estelar que ela contém. Na maior parte dos casos, essas pesquisas envolvem a busca pelo entendimento de processos de formação de estrelas e pode pavimentar nosso acesso a um conhecimento maior sobre o início do universo. Alguns especialistas estimam que as estrelas mais jovens estão localizadas nos braços dessas respectivas galáxias, que normalmente têm um buraco negro supermassivo em seus centros.
A nossa própria Via Láctea também tem o formato espiralado, assim como a Messier 37 – a popular “Andrômeda” -, nossa vizinha de grande porte mais próxima.
Uma outra professora – Allison Kirkpatrick, da Universidade do Kansas – tuitou uma colagem comparando a imagem do James Webb com a imagem do telescópio espacial Spitzer. A diferença é gritante:
Todos os dados não compilados dessa imagem estão disponíveis publicamente no Arquivo de Telescópios Espaciais Barbara A. Mikulski (MAST). Boa parte do acervo do portal é livre para baixar, embora alguns arquivos tenham limitação de seis meses ou um ano.
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Fonte: Olhar Digital
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