Nesta sexta-feira (22), às 14h39 (pelo horário de Brasília), a SpaceX vai lançar um lote de 46 satélites de internet Starlink a bordo de um foguete Falcon 9, partindo da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia.
Com transmissão em tempo real pelo canal da SpaceX no YouTube, a missão marcará o 32º lançamento da empresa em 2022, quebrando o recorde do ano passado.
Originalmente marcado para esta quinta-feira (21), o lançamento foi abortado faltando apenas 46 segundos para a decolagem. Embora a empresa não tenha revelado o motivo, especula-se que tenha relação com o mau tempo.
Considerando que acabamos de passar da metade do ano, é possível afirmar que a SpaceX está no ritmo de quase dobrar o número de lançamentos feitos em 2021. Além disso, a empresa fundada e comandada por Elon Musk lançou mais missões bem sucedidas em órbita este ano do que os esforços combinados de qualquer outro país, superando seus principais concorrentes no mercado comercial.
A United Launch Alliance (ULA), rival na disputa por lançamentos militares dos EUA, fez quatro voos bem sucedidos nesses sete primeiros meses do ano, enquanto a europeia Arianespace realizou três missões comerciais de sucesso até agora.
Cerca de 351 toneladas métricas de massa útil foram entregues em órbita pela SpaceX, somando os 31 voos realizados até então, que envolvem as missões tripuladas e de carga para a Estação Espacial Internacional (ISS) e lançamentos de satélites de espionagem para o governo norte-americano, além da implantação de satélites próprios e para clientes terceiros.
Os 46 satélites serão lançados pelo propulsor B1071, que estará em sua quarta viagem ao espaço, pousando verticalmente cerca de oito minutos após a decolagem na balsa-drone “Of Course I Still Love You” (OCISLY), estrategicamente posicionada no Oceano Pacífico. Enquanto isso, o estágio superior se encarregará de injetar as cargas em uma órbita polar que varia entre 308 e 320 quilômetros acima da Terra, com uma inclinação de 97,6 graus sobre o equador.
Pesando mais de 250 kg cada, os satélites Starlink são equipados com ligações a laser intersatélite para facilitar a transferência de dados em órbita, sem precisar transmitir sinais através de estações terrestres, que vêm com restrições geográficas – e às vezes políticas. Os crosslinks a laser também podem reduzir a latência na rede Starlink, porque os sinais precisam percorrer uma distância mais curta.
Com a adição deste lote, o número total de satélites Starlink implantados até o momento sobe para 2.904. Isso representa 65% da frota de primeira geração programada pela empresa de 4.408 satélites. E a megaconstelação ainda ficará maior, já que a SpaceX tem autorização para 12 mil satélites e solicitou aprovação para outros 30 mil, totalizando 42 mil.
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Fonte: Olhar Digital
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