O governo britânico fechou temporariamente a base da Força Aérea de Brize Norton, perto de Londres, devido à onda de calor europeia que vem causando o que o Reino Unido chamou de “os dias mais quentes” registrados pela meteorologia local.
Segundo as informações divulgadas pelo jornal local de aviação Sky News, desde o último sábado (18), o calor na região da base aérea vem sendo tão alto que parte do asfalto na pista de pouso e decolagem dos aviões derreteu, forçando a brigada de incêndio a fechar a base e as aeronaves em voo serem redirecionadas.
NEW: The @RoyalAirForce has halted flights in and out of its largest air base in the UK because the “runway has melted” in the hot weather, according to a military source.
The decision to shut the runway at RAF Brize Norton was taken on Monday morning, @SkyNews understands. 1/— Deborah Haynes (@haynesdeborah) July 18, 2022
.@RoyalAirForce statement on flights at RAF Brize Norton:
“During this period of extreme temperature flight safety remains the RAF’s top priority, so aircraft are using alternative airfields in line with a long-established plan. This means there is no impact on RAF operations.”
— Ministry of Defence Press Office (@DefenceHQPress) July 18, 2022
“Durante este período de temperaturas extremas, a segurança dos voos permanece a maior prioridade da RAF [“Força Aérea Real”], então as aeronaves estão usando aeroportos alternativos, conforme mandam planos de contingência há muito estabelecidos. Isso significa que não houve nenhuma redução nas operações da RAF”, disse um comunicado emitido pelo Ministério da Defesa, via Twitter.
A situação na base de Brize Norton, a maior do Reino Unido, não é exclusiva: em diversas partes da área metropolitana de Londres, outros veículos da imprensa local relataram a presença de técnicos, engenheiros e bombeiros – com alguns já afirmando que o calor, que já passou de 40º C e deve subir mais, transformou o asfalto das vias comuns em uma “bagunça borbulhante, pegajosa e perigosa”.
As autoridades ainda não relataram quais medidas de segurança estarão tomando nos próximos dias – ou mesmo se vão executar alguma ação do tipo, dando a entender que, por ora, as equipes técnicas estão apenas em observação.
Não é a primeira vez que uma onda de calor como essa destrói a asfaltagem e calçadas: em 2006, o governo do Reino Unido teve que jogar sal nas partes mais críticas a fim de desgrudar o material para, depois, promover o recapeamento.
Nem o Google escapou…
Não só as pessoas (e o chão, aparentemente) foram afetadas pela intensa onda de calor, mas também objetos eletrônicos de alta importância: segundo o Google informou, seus servidores “aeurope-west2” acabaram passando por arrefecimento, efetivamente tirando do ar vários serviços da Google Cloud no país.
Outra empresa de tecnologia afetada foi a Oracle: “Após temperaturas anormalmente elevadas na região sul do Reino Unido, duas unidades de refrigeração do centro de dados sofreram uma falha quando foram obrigadas a funcionar acima dos seus limites de design. Como resultado, as temperaturas no centro de dados começaram a subir, causando o encerramento de um subconjunto de infraestruturas do Compute”, diz nota divulgada pela empresa.
Segundo dados do Serviço de Gestão e Emergência de Copérnico, o continente está aquecendo mais depressa que outras partes do mundo, com temperaturas médias 2,2ºC acima dos níveis pré-industriais. Este nível de aquecimento está acima do limite de 1,5ºC que a comunidade global estipulou para reduzir o desequilíbrio causado pelo aquecimento global.
Em várias partes do continente, os satélites captaram imagens de fogos devastadores durante a onda de calor. Os bombeiros receberam diversos chamados de incêndios na Espanha, França, Grécia, Croácia e Portugal. Na Espanha, mais de 500 mortes foram registradas por conta das altas temperaturas.
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Fonte: Olhar Digital
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