“O Barcelona é o único clube do mundo que pode contratar sem dinheiro”, disparou recentemente Julian Nagelsmann, ao perder Robert Lewandowski. O Chelsea hoje vive o sentimento inverso. Não falta dinheiro aos Blues, mas o clube tem dificuldades para seduzir jogadores de ponta, e até para manter os seus.
O exemplo mais recente é emblemático e envolve justamente o Barcelona. Jules Koundé, do Sevilla, é apontado como uma das prioridades no Chelsea. O acordo entre os clubes estava encaminhado, na casa dos 65 milhões de euros. Mas o Barça se intrometeu na negociação e, mesmo sem os mesmos recursos, está mais próximo do acerto por opção do próprio jogador. O time inglês já olha para outras opções.
Caso seja confirmada a transferência de Koundé para o Barcelona, não será o primeiro “chapéu” aplicado pelo clube, em crise financeira, no Chelsea na temporada. Raphinha também optou pelo clube espanhol em uma movimentação que causou espanto, não pelo desejo do atleta, que sempre foi claro, mas pela aparente incapacidade do Barça em conseguir dinheiro para a operação. Mas os problemas dos Blues estão longe de se resumirem a um embate com o time catalão nos bastidores.
Antes mesmo de tentar Koundé, o Chelsea explorou outras opções. Nathan Aké esteve à frente na fila e viu o Manchester City dificultar sua saída com alta pedida financeira. O zagueiro preferiu não esticar a corda para ir a Londres. Kimpembe também surgiu como alternativa, mas ainda não há nada concreto com o Paris Saint-Germain.
Lukaku, Christensen, Rudiger… Quem está não quer ficar
A necessidade de reforços tem uma justificativa evidente: é preciso recompor o elenco. A defesa em especial é prioridade depois das saídas de Christensen – novamente com o Barcelona envolvido – e Rudiger, para o Real Madrid. Uma tendência estranha para um clube que foi campeão europeu há dois anos, mas que também é fácil de explicar. A crise em Stamford Bridge não é financeira, e sim de incertezas políticas após a forçada saída do oligarca russo Roman Abramovich por conta de sanções de guerra.
“Eu olho para a última temporada e para parte dos jogos quando sofremos, parte da temporada em que brigamos, e depois sofremos sanções e jogadores nos deixaram, e alguns estão tentando nos deixar, e é aqui que nos encontramos agora”, lamentou Thomas Tüchel, técnico do Chelsea.
Lukaku foi o único dos que saíram que o fez quase de forma consensual sem se adaptar ao sistema de Tüchel. Christensen e Rudiger, no entanto, receberam propostas para renovar e preferiram sair. O último era um dos grandes destaques da equipe. Ambos saíram de graça.
“Nós temos grande urgência para jogadores de qualidade, em grande quantidade. Nós contratamos dois jogadores de qualidade, mas não somos competitivos assim”, resumiu.
Koulibaly e Sterling: os reforços do momento
O momento difícil não significa que o mercado esteja fadado a ser um fracasso retumbante para o Chelsea. Ainda há espaço para o clube seduzir atletas, embora não aqueles de topo que caminham para o auge. Koulibaly e Sterling são os dois reforços de peso mencionados por Tüchel.
Com 31 anos, Koulibaly é um nome experiente, e com seus últimos oito anos dedicados ao Napoli. No ataque, a opção foi por Sterling, de 27 anos, depois de uma temporada em que esteve em baixa no Manchester City.
A nova direção promete ainda outros nomes de peso, e separou dinheiro para marcar posição no mercado. Antes, no entanto, é preciso desfazer a desconfiança natural sobre o novo projeto, depois de anos que colocaram o Chelsea no patamar de gigante na Europa alavancados pelos milhões de Abramovich.
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Fonte: Ogol
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