Há coisas que são raras no futebol, e Brusque e Cruzeiro protagonizaram um destes eventos únicos. No estádio Augusto Bauer, os donos da casa tiveram a oportunidade de vencer com pênalti nos acréscimos e chegaram a comemorar o gol… Apenas para ver o lance ser invalidado por… Dois toques na hora da cobrança. O placar encerrou em 0 a 0.
O empate em casa acabou com gosto de derrota para o Brusque, que foi mais perigoso ao longo da partida e é o 12º colocado, com 12 pontos. O Cruzeiro segue líder isolado, com 46 pontos, a caminho da elite.
Brusque melhor e perigo antes do intervalo
O fator casa pesou mais que o favoritismo do líder em Santa Catarina. Sem jogar bem, o Cruzeiro demorou a se encontrar frente a um Brusque mais ousado, e sem receio de atacar o primeiro colocado.
A boa postura do Brusque, no entanto, demorou até render oportunidades de gol. As grandes chances vieram depois dos 40, e acabaram por ser para os dois lados.
Os donos da casa tiveram por duas vezes próximos do gol. Aos 40, Alex Sandro fez boa jogada na área pela esquerda e rolou para trás. Álvaro pegou de primeira, com força, mas sem conseguir tirar de Rafael Cabral, que afastou o perigo. Na sequência, Rafael teve de sair da área para cortar lançamento perigoso e a sobra quase terminou com bicicleta na rede, embora com impedimento anotado no lance.
O Cruzeiro só conseguiu agir no último minuto e mesmo assim quase comemorou. Bruno Rodrigues recebeu de Edu, cortou e chutou. A bola desviou e quase tirou Jordan da jogada, mas o goleiro esticou a perna, mesmo caído, e salvou o time catarinense.
Um raro pênalti de dois toques
Para tentar resolver a falta de criatividade celeste, Pezzolano apostou em promover a estreia de Chay na vaga de Stênio. Logo de cara, o meia-atacante deixou Bidu em boa condição para testar Jordan, que defendeu com segurança.
Apesar da melhora do Cruzeiro no segundo tempo, Rafael Cabral seguiu sendo o goleiro mais testado. Mas isso não significou muito: as defesas do arqueiro de contrato recém-renovado foram tranquilas, sem sustos para o torcedor mineiro.
O calor também influenciou no desempenho das duas equipes. Com desgaste estampado nos rostos em campo, o jogo perdeu em velocidade, com muitas paradas prolongadas entre faltas e laterais para interromper o ritmo. Até que, nos acréscimos, Oliveira cortou cruzamento com a mão e o árbitro não teve dúvida: penalidade máxima.
O lance mais inusitado da partida ficou mesmo para o fim. Gabriel Taliari cobrou com força no canto e saiu para a comemoração. Chegou a receber o amarelo por tirar a camisa… E ainda teve de ver o gol ser anulado. O motivo: dois toques na cobrança. O atacante escorregou no gramado ruim e acabou resvalando com a perna esquerda na bola antes de finalizar com a direita. Para a sorte do Cruzeiro.
Fonte: Ogol
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