Nesta segunda-feira (1), a equipe científica da missão Perseverance revelou que o rover da NASA coletou sua 11ª amostra de rocha em Marte, que pode conter pistas sobre o passado e a possível existência de vida em algum momento da história do Planeta Vermelho.
“Notícias emocionantes: não apenas peguei recentemente um novo núcleo de rocha (#11), mas planos estão se unindo para trazer estas amostras para a Terra. Um novo grupo de robôs (incluindo helicópteros da próxima geração!) poderia se juntar a mim para um trabalho de equipe sem precedentes”, diz a publicação no Twitter oficial do robozinho, que se comunica sempre em primeira pessoa.
Na última semana, a NASA anunciou que redesenhou a missão de retorno de amostras de Marte, tornando o Perseverance o principal rover de coleta de amostras e descartando planos anteriores de usar um veículo de busca da Agência Espacial Europeia (ESA). Como reforço da campanha, denominada Mars Sample Return (MSR), poderão ser utilizados dois novos helicópteros, parecidos com o drone autônomo Ingenuity, companheiro de missão.
Segundo a nova configuração da missão, o rover Perseverance, que ainda deverá estar ativo quando um módulo de pouso MSR chegar ao Planeta Vermelho em 2031, será encarregado de conduzir as amostras para um veículo de ascensão. Os dois mini helicópteros serão, portanto, opções de backup.
As semelhanças com o helicóptero Ingenuity se limitam ao tamanho e peso, mas existem diferenças importantes, de acordo com o gerente da MSR na NASA, Richard Cook. “Haverá pernas de pouso que incluem, na parte inferior, rodas de mobilidade”, explicou, dizendo que essa nova capacidade permitirá que os veículos voadores “atravessem a superfície”. Um mini braço robótico em cada uma das espaçonaves permitirá que elas peguem os tubos de amostra que o rover Perseverance eventualmente deixar para trás.
Se os helicópteros forem necessários para esse trabalho, eles pousarão perto de um tubo de amostra, rolarão para pegá-lo e voarão até um ponto perto do veículo de ascensão de Marte. As amostras serão coletadas pelo recém-anunciado braço robótico de transferência, construído pela ESA.
De acordo com o site Space.com, a decisão de reconfigurar a missão indica que nenhum rover europeu pousará em Marte em um futuro próximo. O novo conceito também pode permitir que a NASA e a ESA realizem o ambicioso esforço de retorno de amostras com menor custo e complicação.
“O engenheiro em mim ficou fascinado pelo rover de amostras, porque ele foi projetado para viajar muito mais rápido do que os rovers marcianos anteriores, provavelmente cerca de quatro ou cinco vezes mais rápido sobre a superfície”, disse David Parker, diretor da exploração humana e robótica da ESA. Adicionar o rover, no entanto, implicaria um segundo lançamento, segundo lander e assim por diante, então, remover o hardware do programa faz muito sentido”.
No entanto, isso não quer dizer que a ESA abandonou os planos de pousar, assim que possível, seu próprio rover em Marte. A agência ainda pretende colocar em funcionamento o robô caçador de vida Rosalind Franklin.
Esse rover deveria ter sido lançado este ano em um foguete russo, mas os planos precisaram ser abortados depois que a Rússia invadiu a Ucrânia. “A equipe de engenharia tem trabalhado em grande velocidade para encontrar uma abordagem alternativa para entregar o rover Rosalind Franklin a Marte”, declarou Parker sobre a situação, afirmando que diferentes opções estão em discussão. “Em novembro, uma reunião especial do Conselho Europeu permitirá que os Estados-membros decidam o melhor caminho a seguir”.
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Fonte: Olhar Digital
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