No processo de 127 páginas do Twitter contra Musk, a empresa diz que Musk usou uma ferramenta de análise de spam que identificou seu próprio perfil como provável bot ou robô. Vale lembrar que antes de ser processado por quebra de contrato, Musk acusou o Twitter de fraude.

Elon Musk alega que teria o direito de cancelar a aquisição se o Twitter estivesse “contando de forma errada” o número de contas falsas, bots ou spam na plataforma. O Twitter responde que, no momento em que Musk fez sua oferta, não pediu para que fossem levantados o número desse tipo de contas. 

Para citar o processo: “Musk pode produzir uma estimativa mais alta rodando um conjunto de dados não limitado e nem inclusivo de usuários ativos monetizáveis diários (monetizable daily active users ou mDAU) através de uma ferramenta web que designou até mesmo sua própria conta no Twitter como provável “bot.” O resultado é uma distorção que Musk espera que mesmo assim cause repercussão.” 

Musk usou o site Botometer para fazer suas alegações sobre contas bot e spam

Imagem de divulgação do Botometer
Imagem de divulgação do Botometer / Imagem: Botometer

Segundo o Twitter, para levantar o número de contas bot ou spam, Musk teria usado o site ‘Botometer’, antes conhecido como BotOrNot. O site usa “diferentes parâmetros do que seja um bot do que o Twitter, e que ainda esse ano, designou o próprio Musk como muito provavelmente um bot”, segundo o Twitter.

Vale citar que, no Botometer hoje em dia, o perfil de Musk já mudou de avaliação, com uma pontuação de 1,2 de 5. Assim, ele está sendo considerado mais “humano” do que já foi esse ano, um provável bot que só propagava spam. De qualquer forma, essa variação mostra como o filtro do site é imperfeito.

Ainda citando o processo do Twitter contra Elon Musk, “o próprio FAQ do site do Botometer avisa que ‘a deteção de bots é uma tarefa difícil’, e que ‘se fosse fácil fazer isso com software, não existiriam mais bots — o Twitter já teria os pego e banido!’”.

Via Ars Technica

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