O mês de agosto é repleto de comemorações que vêm tanto para celebrar quanto para conscientizar. Além do Dia Nacional da Saúde, que celebrou na semana passada os 150 anos de Oswaldo Cruz, temos também o chamado Agosto Branco, que busca alertar as pessoas sobre as causas e sintomas do câncer de pulmão.
A doença é um dos tipos de câncer mais comuns em todo o mundo e é altamente letal. No Brasil, tanto para homens quanto para mulheres, ele ocupa o segundo lugar entre os tipos de câncer mais diagnosticado em brasileiros, sendo o hábito do tabagismo uma das principais causas para o desenvolvimento da condição – 90% dos casos estão relacionados ao fumo.
“O rastreio do câncer de pulmão é indicado para homens e mulheres com idade maior ou igual a 50 anos, que tenham histórico de tabagismo de pelo menos 20 anos/maço (o equivalente ao consumo de 1 maço de cigarro por dia durante 20 anos), com ou sem fator de risco adicional”, afirma o cirurgião torácico Dr. Rafael Tavares.
Por outro lado, não é raro o caso de alguém com câncer de pulmão que não é fumante. De acordo com o Instituto Vencer o Câncer, entre os fatores de risco para não fumantes estão o fumo passivo e a poluição do ar, temas que integram o alvo de políticas públicas em vários países. Nos anos 1990, esse grupo representava de 8% a 9% do total de casos de câncer de pulmão. Hoje, a taxa já alcança os 20%.
Por isso, estar atento aos sinais é válido para todos, claro que, principalmente para aqueles que fumam ou que possuem histórico familiar. De acordo com Tavares, entre os principais sintomas do câncer de pulmão estão: dor no peito, dificuldade para respirar, tosse constante (às vezes com sangue) e perda de peso ou de apetite.
Muitos sintomas podem aparecer apenas com o avanço da doença. No caso de não fumantes, por exemplo, o tumor pode demorar mais para dar sinais.
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Qual o tratamento para câncer de pulmão?
O tratamento do câncer de pulmão, assim como a maioria dos tumores, é personalizado. Ou seja, não é igual para todo paciente com esse tipo de câncer. A prevenção e diagnóstico precoce são muito importantes nestes casos. A rápida identificação do câncer de pulmão faz muita diferença para o paciente.
“Ele é feito com Tomografia Computadorizada de Tórax com baixa dose de radiação (TCBD) e possibilita identificar precocemente a doença. Oferecer o tratamento cirúrgico precoce é a forma de cura do câncer de pulmão”, acrescenta o médico.
Vale destaque que sim, apesar de variáveis, o câncer de pulmão tem cura, contudo, depende fortemente de um diagnóstico precoce. De acordo com o banco de dados do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, 55,2% dos pacientes que obtêm o diagnóstico enquanto a doença ainda está localizada chegam a ter uma sobrevida de 5 anos ou mais. Já na fase metastática, esse índice pode atingir 4,3% de sobrevivência.
Fonte: Olhar Digital
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