Sábado, Setembro 21, 2024
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De Jong e Barça em guerra? Entenda a disputa

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O futuro de Frenkie de Jong vem ganhando destaque nos últimos dias, e com contornos que levam o caso para a esfera judicial. De Jong e a diretoria do Barcelona parecem agora em guerra declarada, com ataques de ambos os lados. Em causa está a renovação assinada em 2020, considerada ilegal pelo clube, com acusações de extorsão em resposta.

Considerado por muitos o sucessor natural para Sergio Busquets, Frenkie de Jong foi contratado em 2019 depois do sucesso pelo Ajax. Custou 86 milhões de euros, com bônus inclusos, e foi das últimas grandes movimentações da polêmica gestão anterior. Acabou por chegar a um clube prestes a mergulhar no caos e na crise financeira.

De Jong realizou 140 partidas desde então, entre altos e baixos no meio da confusão que se transformou o Barcelona. Mas não foram suas atuações que o levaram a ser um elemento descartável no elenco. Para Xavi e a diretoria, o meia segue sendo um nome importante para o presente e futuro. A decisão passa pela parte financeira, e aí começamos a entender toda a polêmica que tem sido destaque na última semana na Espanha.

A renovação de 2020: Ajuda de De Jong ou fraude?

A pandemia amplificou a crise que já era inevitável no Barcelona. Frenkie de Jong, assim como outros atletas do clube, foi chamado a ajudar no momento de dificuldade. O pedido: renegociar o contrato para diminuir os vencimentos a curto prazo. Lenglet, Piqué e Ter Stegen passaram por renovação semelhantes. Contratos considerados, pela direção atual, fraudulentos.

Na prática, Frenkie de Jong aceitou abrir mão dos salários a curto prazo para ajudar o Barcelona no período da pandemia. O seu salário passaria de 14 milhões de euros anuais para 3 milhões no primeiro ano, e para 9 milhões no ano seguinte, dando tempo para o Barça ajustar as contas. Esse valor seria diluído nos anos posteriores. O volante prolongaria o seu contrato ainda por mais dois anos e, em troca, receberia um prêmio de 15,6 milhões de euros pela assinatura do novo acordo – também a serem pagos no futuro.

A sensação de traição dentro do seu próprio clube é fácil de ser compreendida. Quando Frenkie de Jong aceitou reduzir seus salários a curto prazo, o fez a pedido do Barcelona e com o intuito de ajudar o clube. Dois anos depois, o mesmo clube, sob nova direção, o ameaçou de entrar com queixa-crime por considerar o contrato fraudulento. O Barça quer anular o acordo e ainda exige que o holandês diminua seus salários para se adequar a nova realidade.

Frenkie de Jong não recebeu bem a abordagem do Barcelona. A direção ainda fez esforços nos bastidores para negociar sua venda para ajudar a solucionar a equação com o Fair-Play financeiro. Esportivamente, a ideia de de Jong era seguir no Barça. Confrontado, o meia manteve-se firme e não aceitou nenhuma das opções que lhe foram impostas: sair ou reduzir salários e abrir mão da dívida.

Pressionado, Frenkie de Jong contra-atacou. Buscou apoio jurídico e expôs a sua situação aos sindicatos de jogadores da Espanha (AFE) e internacional (FIFPro), além da Liga Espanhola. Os advogados do jogador falam em uma prática próxima da extorsão e estudam se é possível tomar medidas legais contra o Barcelona.

Chelsea e United: as alternativas de Frenkie de Jong

Publicamente, Xavi e a diretoria garantem que Frenkie de Jong é um jogador importante para o elenco e evitam aspas que possam comprometer o Barcelona na disputa. A permanência no clube catalão ainda é possível e, na realidade, o holandês tem se demonstrado firme em sua posição de seguir por lá. Terá de desafiar o Barça, além de lidar com a pressão evidente de um clube que coloca a inscrição de novos reforços em dúvida sem a sua venda.

O Manchester United fez de Frenkie de Jong sua prioridade para 2022/23, à pedido de Erik Ten Hag, ex-técnico do meia no Ajax. Os Red Devils procuraram o Barcelona e entraram em acordo por um valor que chegaria aos 85 milhões de euros, com bônus incluídos. De Jong descartou a possibilidade, com o peso de trocar um clube de Liga dos Campeões por outro fora do principal torneio europeu como um dos motivos para a opção.

O Chelsea abriu as portas para de Jong e, hoje, parece à frente do rival de Manchester nas negociações. Mas o problema, no caso, não é apenas financeiro. Passa pelo desejo do jogador, e por um acordo entre o holandês e o próprio Barça sobre como resolver a disputa financeira. Uma negociação que deixou de ser amigável quando o clube resolveu ameaçar o atleta com uma disputa nos tribunais.

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Fonte: Ogol

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