Cientistas confirmam que exoplanetas são capazes de abrigar discos circunplanetários responsáveis pela formação de luas. A conclusão veio depois que o exoplaneta PDS 70c, um jovem gasoso com massa semelhante a de Júpiter, foi encontrado pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA).

Esse tipo de descoberta ajudará os cientistas a compreender como as atmosferas planetárias se desenvolvem e como as luas se unem nos estágio iniciais de um sistema solar. Em 2019, os pesquisadores já haviam observado o disco formador de lua em torno do exoplaneta, mas só foi possível confirmar a descoberta em 2021, pois era muito difícil distinguir o ambiente em volta.

Na última terça-feira (9), em comunicado da National Radio Astronomy Observatory (NRAO), o autor principal do estudo, o pesquisador Jaehan Bae, professor de Astronomia da Universidade da Flórida, declarou que “a melhor maneira de estudar a formação de planetas é observá-los enquanto eles estão se formando”. Além disso, o professor se diz emocionado em viver esse momento e atribui à potência dos telescópios essa possibilidade: “Estamos vivendo um momento muito emocionante quando isso acontece graças a telescópios poderosos”.

A 395 anos-luz da Terra, o PDS 70c tem uma distância 200 vezes maior de sua estrela hospedeira, que a distância entre a Terra e o Sol, fato que intriga ainda mais os cientistas que estudam sobre a formação dos planetas. Dentre as teorias relacionadas com o tema, acredita-se que ambientes com muito gás e poeira são propícios para a formação de planetas gigantes gasosos.

Como se formou o disco circunplanetário e o exoplaneta

Especialmente sobre o PDS 70c, o que mais desperta curiosidade da comunidade científica é compreender como o disco AS 209, consegue suportar um planeta tão massivo tão longe da sua estrela hospedeira. Segundo os dados obtidos, o disco tem capacidade de abrigar três luas com o tamanho da nossa e é 500 vezes mais larga que os anéis ao redor de Saturno.

Uma das hipóteses consideradas pelo meio é a de que, no passado, o disco era gravitacionalmente instável, por conta de alguma perturbação, e originou fragmentos com algumas vezes a massa de Júpiter, menos propensos a migrar após a acreção. Entretanto, os cientistas ainda tentam descobrir os cenários possíveis que originaram o PDS 70c.

Via: Space.com e CNN World

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