Uma das mais importantes revoluções da SpaceX no que se refere a lançamentos espaciais é o chamado serviço de “rideshare transporter” (ou “transportador de carona”, em tradução direta). Esse tipo de missão tem ajudado, principalmente, países sem estrutura adequada ou mesmo condições financeiras para lançamentos próprios.
Em uma apresentação na Small Satellite Conference, na terça-feira (9), Jarrod McLachlan, diretor de vendas de rideshare da SpaceX, revelou que a empresa lançou mais de 400 cargas de clientes em sua série de missões de carona e que “várias centenas mais” estão agendadas. Na mais recente delas, havia, inclusive, dois satélites de sensoriamento remoto radar da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo McLachlan, a demanda continua em alta, com missões reservadas até 2025. “Uma das perguntas que estamos recebendo muito é: ‘Quão cheios vocês estão?’”, disse ele. “Todas as missões de carga estão totalmente lotadas em 2023, e já estamos ficando bem cheios em 2024. Nós realmente vimos uma forte demanda do mercado”.
A SpaceX já realizou cinco missões Transporter até o momento, com outra programada para o fim do ano. De acordo com o site Space News, a empresa estima uma média de cerca de três missões de rideshare por ano, todas para órbitas síncronas solares, bem como oportunidades ocasionais de carona nos lançamentos da Starlink e, futuramente, em missões para a órbita de transferência geoestacionária e para a Lua.
Embora a agenda de curto prazo esteja cheia, McLachlan disse que deve haver oportunidades para os clientes que procuram vagas de última hora. “Temos muito movimento, muitos clientes saindo e saindo”, disse ele. “Muitas vezes, podemos substituir clientes”.
A empresa de Elon Musk atualizou recentemente seu guia de usuários de rideshare. “Com base no que vimos em relação à garantia da missão, simplificamos nossa abordagem de testes”, disse McLachlan, explicando que, agora, eles recomendam alguns testes e, para certos casos, os requisitos de carona mudaram.
Segundo a empresa, missões de Cubesat também foram simplificadas. “Para cubesats totalmente conteinerizados, reduzimos drasticamente os requisitos de teste”, disse o diretor de vendas. “Estamos focando mais em vibração aleatória, interferência eletromagnética e testes no sistema de pressão”.
Essas missões de rideshare têm usado o foguete Falcon 9, mas McLachlan revelou que a SpaceX já está começando a pensar em missões de carona envolvendo outro veículo. “Estamos trabalhando na configuração rideshare e nas ofertas de satélites pequenos para a Starship”, disse ele, referindo-se ao superfoguete da empresa que tem seu voo de teste orbital aguardado para ainda este ano.
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Fonte: Olhar Digital
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