O recém-lançado supercomputador australiano, Pawsey Supercomputing Research Centre, ou apenas Setonix, conseguiu apresentar uma imagem detalhada de remanescentes de uma estrela supernova. Para interpretar a alta quantidade de dados complexos, obtidas por radiotelescópios, a máquina conta com o apoio de 36 antenas parabólicas que trabalham juntas, como um próprio telescópio.
Essas antenas são operadas pela agência nacional de ciência da Austrália (CSIRO) que transfere os dados através de fibras ópticas de alta velocidade para o Centro Pawsey e realiza o processamento e a conversão dessas informações em imagens prontas para a ciência.
O processamento de dados é um exercício complexo, que pode ser feito de diferentes maneiras e chegar a várias soluções e vários problemas. A imagem da supernova foi feita através da combinação de dados coletados em centenas de telescópios, e isso permitiu ao supercomputador uma visão composta dos resquícios da estrela. Quanto mais características complexas são fornecidas à máquina, mais aumenta o desafio do processamento e a necessidade de um software potente. Veja a imagem obtida abaixo:
O material ejetado da explosão dessas estrelas atinge velocidades supersônicas capazes de varrer qualquer material ou gás que encontrar ao longo do caminho. Na imagem, nota-se as emissões de elétrons altamente energizados que carregam a história da estrela explodida e os aspectos do meio interestelar no qual ela está inserida. O estudo desses remanescentes pode revelar propriedades físicas sem precedentes do meio estelar.
Os remanescentes dessa supernova, estimados em mais de um milhão de anos, e localizados a 10.000-15.000 anos-luz de distância da Terra, foram classificados pelo radioastronomo Eric R. Hill, em 1967, a partir das observações do Telescópio de Rádio Parkes do CSIRO, Murriyang.
São inúmeras as possibilidades científicas que o Setonix trará para a Ciência e para a compreensão do Universo, através do melhoramento e aceleração das análises. A imagem da supernova é apenas o início e uma das muitas características reveladas, informações muito mais impressionantes estão por vir.
Via: ScienceAlert
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
Fonte: Olhar Digital
Comentários