“Game of Thrones” finalmente está prestes a ganhar um spin-off em “A Casa do Dragão”, três anos após seu episódio final, e o processo para chegar até aqui foi longo.
Diversas séries foram sido iniciadas, e até mesmo um episódio piloto de outra série – posteriormente cancelada – foi feito. Mas é “A Casa do Dragão” – com uma história sobre os poderosos Targaryen – que está prestes para estrear como primeira série derivada do grande sucesso da HBO.
“Esta é uma franquia muito importante para nós”, disse Casey Bloys, chefe de conteúdo da HBO ao The New York Times. “A questão aqui é que você não quer apenas refazer a série original”, disse Casey Bloys, diretor de conteúdo da HBO. “Você quer fazer uma série que pareça relacionada e honre a original, mas também sinta como algo próprio.”
“A Casa do Dragão” se passa quase 200 anos anos dos eventos de “Game of Thrones” e acompanha a família Targaryen, composta por pessoas de cabelos prateados e que montam em dragões, ou simplesmente os antepassados de Daenerys Targaryen, vivida por Emilia Clarke na série original.
Mas as coisas demoraram a se desenvolver para chegarmos até aqui. Em maio de 2017, quando a penúltima temporada de “Game of Thrones” ia ao ar, a HBO anunciou que tinha quatro spin-offs em potencial em desenvolvimento. Então, uma candidata para ser produzida foi escolhida.
Só que não era “A Casa do Dragão”, e sim uma história que se passava mil anos antes dos eventos de “GoT”. No entanto, em 2019 um episódio piloto foi gravado e a emissora resolveu não seguir com a história.
“Assim que eu vi o primeiro piloto, eu sabia que aquela não era a série para lançar”, disse Bob Greenblatt, ex-chairman da WarnerMedia Entertainment. Ele disse que o piloto não parecia “expansivo ou épico o suficiente”.
Com esta opção fora de questão, a HBO se apressou para conseguir tirar outro spin-off do papel. Greenblatt disse que estava “desesperado para conseguir algo – qualquer coisa – da propriedade intelectual de ‘Game of Thrones’,” afinal a WarnerMedia estava prestes a lançar sua nova plataforma de streaming, a HBO Max.
“Eu entendi a relutância de Casey e da equipe em lançar uma nova série de ‘Game of Thrones’ em produção (especialmente desde a reação da temporada final da série original)”, acrescentou. “No entanto, embora todos nós soubéssemos que nenhuma sequência ou prelúdio provavelmente chegaria ao nível do original, havia um acordo de que tínhamos que seguir em frente com alguma coisa.”
Acontece que a HBO tinha outro projeto em desenvolvimento, e o autor do universo de “Game of Thrones”, George R.R. Martin, estava insistindo para que ele fosse desenvolvido. Este spin-off em questão contava o levantar e queda dos Targaryen.
A série é baseada no livro “Fogo e Sangue” de Martin, que conta a história da família e seus conflitos. “Ele estava muito apaixonado por essa história em particular”, disse Miguel Sapochnik, que trabalhou na série original e é showrunner do spin-off “A Casa do Dragão”.
Então, Martin trabalhou no projeto ao lado de Sapochnik, até chamar Ryan Condal, criador da série de ficção científica americana “Colony” e amigo de Martin. Os dois entravam em contato constantemente para conversar sobre a série, discutindo outros criadores de obras de fantasia como Robert E. Howard, J.R.R. Tolkien e Ursula K. Le Guin. “Quando nos reuníamos, conversávamos como dois fanboys fazem”, disse Martin.
E foi aí que Martin convidou Condal para trabalhar no prelúdio sobre os Targaryen, ao seu lado e de Sapochnik. A HBO concordou e contratou Condal como criador ao lado de Martin, e showrunner ao lado de Sapochnik. Com esta formação, a HBO escolheu dar a luz verde para a produção de “A Casa do Dragão”.
“O que me atraiu foi que é um drama familiar”, disse Bloys. “Qualquer um que tenha padrastos ou irmãos ou meio-irmãos, ou tenha facções em conflito em uma família – acho que todas as famílias nos Estados Unidos já lidaram com alguma versão disso.”
Martin quer ver o universo de “Game of Thrones” se expandir, e trabalha diretamente em “A Casa do Dragão” e outros spin-offs em desenvolvimento. “George, para nós, neste processo tem sido um recurso realmente valioso”, disse Bloys. “Ele é literalmente o criador deste mundo. Ele é seu historiador, seu criador, seu guardião. E então não consigo imaginar fazer uma série em que ele não acreditasse ou não endossasse.”
Quanto à expectativa de audiência, Casey Bloys disse não esperar que “A Casa do Dragão” alcance o sucesso de “Game of Thrones”, mas ao mesmo tempo espera que a série faça sucesso e abra caminho para novos spin-offs.
“Não há mundo em que esperamos que isso continue de onde o original parou”, disse Bloys. “Acho que a série vai se sair muito bem. Mas terá que fazer o trabalho por conta própria para atrair as pessoas e sustentar a audiência.”
“A Casa do Dragão”, chega à HBO e HBO Max no dia 21 de agosto, e o spin-off terá lançamento de episódios semanais aos domingos, dinâmica com que os fãs de “Game of Thrones” são bem familiarizados.
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Fonte: Olhar Digital
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