Na última terça-feira (9), o Olhar Digital noticiou que uma tempestade solar inesperada atingiu a Terra, no domingo (7). Esse evento formou auroras incríveis, e uma delas foi registrada no sul do Canadá. O choque resultante entre as partículas da atmosfera e as partículas carregadas vindas do Sol proporcionou que o fenômeno acontecesse mesmo em latitudes muito mais baixas que o habitual.

No Canadá, além da aurora do final de semana, os céus contaram com a presença do fenômeno conhecido como STEVE – abreviação em inglês para “forte melhoria da velocidade térmica”. Ele é formado por uma linha de gás quente que corta o céu por centenas de quilômetros, e foi descrito pela primeira vez, em 2017, como uma “fita de luz enorme e arroxeada”, que pode ficar no céu por uma hora ou mais, acompanhada por uma luz verde que desaparece em poucos minutos.

O escritor de astronomia e fotógrafo Alan Dyer fez um registro do céu durante o evento. Confira:

Reprodução: Twitter

Enquanto o brilho verde das auroras surge através da interação entre as moléculas de oxigênio da atmosfera e as partículas emitidas pelo Sol, na atmosfera superior, ainda não se sabe exatamente como surge o STEVE. Esse fenômeno aparece na zona subauroral, ou seja, as partículas solares não são diretamente responsáveis por ele. Entretanto, o curioso é que o STEVE quase sempre aparece após tempestades solares, como aquela que ocorreu no último domingo (7).

Uma das hipóteses sobre o STEVE aponta que ele é o resultado de uma súbita explosão de energia térmica e cinética na zona subauroral, desencadeada pelo choque de partículas carregadas mais altas na atmosfera durante tempestades solares indutoras de aurora. Porém, os pesquisadores vão precisar estudar muito para descobrir os mistérios desse fenômeno incrível.

Via: Space.com

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!