Ao acessar os aplicativos Facebook e Instagram, é perceptível que o usuário não é redirecionado para seu navegador de escolha, mas sim para um navegador personalizado. Para isso acontecer, o pesquisador Felix Krause descobriu que esses navegadores inserem o código javascript para que a Meta possa rastreá-lo pelos sites.
Felix disse através de um blog que “o Instagram injeta seu código de rastreamento em todos os sites mostrados, inclusive, quando clicamos nos anúncios, fazendo com que seja possível que a empresa monitores todas as interações do usuário, como cada botão e link acessado, seleções de texto, capturas de tela, e também quaisquer entradas de formulário, como senhas, endereços e números de cartão de crédito”, e isso vale para o Facebook também.
A pesquisa de Felix se concentrou nas versões iOS do Facebook e do Instagram. Isso é essencial, pois, a Apple concede aos usuários entrar e sair do rastreamento de plataformas quando abrem um aplicativo pela primeira vez pelo App Tracking Transparency (ATT).
Antes, a Meta contou que o recurso era “um vento de proa em nossos negócios de 2022… Na ordem de US$ 10 bilhões (R$ 51 bilhões)”. A empresa também disse que o código de rastreamento inserido obedecia às preferências dos usuários na ATT.
Um porta-voz da Meta afirmou ao The Guardian: “O código nos permite agregar dados do usuário antes de usá-lo para fins de publicidade direcionada ou medição. Nós não adicionamos nenhum pixel. O código é inserido para que seja possível agregar eventos de conversão de pixels. Para compras feitas através do navegador, procuramos o consentimento do usuário para guardar informações de pagamento para preenchimentos automáticos”.
Felix percebeu que o Facebook não está sempre usando o javascript para recolher dados sensíveis, mas, se os aplicativos chegassem a abrir um navegador de preferência como o Safari ou o Firefox, não teria como realizar a colocação parecida do javascript em qualquer site seguro.
Em contraponto, o método escolhido pelos navegadores dentro do Instagram e do Facebook “funciona para qualquer site, sendo criptografado ou não”, disse o pesquisador.
Ainda sobre a pesquisa, ela aponta que o WhatsApp não altera sites de terceiros dessa forma. Felix recomenda que a Meta faça o mesmo com o Instagram e o Facebook, ou apenas utilize o Safari ou outro para abrir os links. “É a melhor alternativa para os usuários e a coisa certa a fazer”.
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Fonte: Olhar Digital
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