A indústria de chips semicondutores tem melhora nos prazos de entrega, mas a escassez de materiais persiste em muitas áreas. Os dados vêm da pesquisa realizada pelo Susquehanna Financial Group.
Os prazos de entrega são definidos pela diferença de quando um semicondutor é encomendado até ser entregue. De acordo com a pesquisa, esse foi o terceiro mês que os prazos de entrega dos semicondutores diminuíram. No mês de julho o prazo foi de 26,9 semanas, uma pequena melhora em relação ao mês de junho que o prazo foi de 27 semanas.
Já os chips de gerenciamento de energia e microcontroladores tiveram um aumento no prazo de entrega com 32 semanas no mês de julho, sendo que em junho era de 31,3 semanas.
“Em termos da indústria mais ampla, ainda esperamos que os problemas de estoque e pedidos excessivos diminuam”, disse Chris Rolland, analista da Susquehanna em nota na pesquisa.
A pesquisa também revela uma diminuição na demanda dos chips em algumas áreas de indústria como as que utilizam componentes para computadores e smartphones. Mas isso não significa o fim da escassez dos semicondutores. Para Rolland os prazos de entrega ainda são mais que o dobro em períodos que não faltavam chips no mercado.
Para Mc Carron, a Intel foi a empresa mais prejudicada pela diminuição da demanda, já a Advanced Micro Devices (AMD) conseguiu se sobressair.
Nvidia, Intel, Micron Technology e outras empresas de semicondutores revelaram quedas significativas na demanda dos chips por fabricantes de computadores pessoais.
De acordo com Dean McCarron, analista da pesquisa Mercury Research, no último trimestre as remessas de processadores tiveram seu nível mais baixo desde 1984.
Biden assina lei de incentivo bilionário para indústria de semicondutores
Após ser aprovada por senadores dos Estados Unidos, a Lei dos Chips foi assinada pelo presidente Joe Biden nesta terça-feira (9). O projeto de lei tem como objetivo ajudar empresas americanas de semicondutores com uma verba de US$ 52,7 bilhões de dólares. A lei também garante crédito fiscal de investimento estimado em US$ 24 bilhões.
“O futuro será feito na América”, disse o presidente Joe Biden. Ele ainda chamou a medida de “um investimento único em uma geração na própria América”.
Imagem: mpohodzhay/ Shutterstock
Com informações de Bloomberg
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Fonte: Olhar Digital
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