Como parte da missão Artemis 1, que será lançada no dia 29 deste mês, a NASA enviará um satélitecubesat a um asteroide a fim de visualizar e estudar sua superfície. O corpo espacial em questão chama-se 2020 GE, tem cerca de 18 metros de diâmetro e circunda o Sol a cada 368 dias.
O satélite NEA Scout pegará carona na cápsula Orion e fará uma passagem pela Lua antes de seguir viagem rumo ao 2020 GE. Assim que chegar ao asteroide em 2023, o dispositivo acionará suas câmeras para capturar imagens da rocha espacial, analisando sua forma, características da superfície, rotação e campo de detritos.
“O NEA Scout realizará provavelmente o sobrevoo mais lento de um asteroide de todos os tempos, a uma velocidade relativa de menos de 30 metros por segundo”, disse Julie Castillo-Rogez, principal investigadora científica da missão. “Isso nos dará algumas horas para reunir dados valiosíssimos e nos permitir ver de perto como são os asteroides deste tipo”.
Uma solução criativa
“A gênese deste projeto foi uma pergunta: podemos usar uma pequena espaçonave para fazer missões no espaço profundo e produzir ciência a baixo custo?”, disse Les Johnson, principal investigador de tecnologia da missão. “Este é um grande desafio. Para missões de caracterização de asteroides, simplesmente não há espaço suficiente em um cubesat para grandes sistemas de propulsão e o combustível que eles exigem.”
Foi pensando nesse empecilho que os engenheiros responsáveis pelo projeto chegaram a uma solução criativa: por que não usar uma vela solar? Esses equipamentos usam a força das partículas do Sol para se locomover, assim como uma vela de navio é inflada pelo vento e, por sua vez, movimenta o navio.
A vela solar do NEA Scout terá uma área de 86 metros quadrados.
Compreensão sobre asteroides
A operação representa a primeira vez que pesquisadores poderão estudar detalhadamente um exemplar da menor classe de asteroides, com 100 metros ou menos de diâmetro. Segundo a NASA, isso “ajudará a fechar lacunas no conhecimento sobre asteroides próximos da Terra”.
Dois motivos levam os cientistas a querer fechar essas lacunas. Primeiro, os asteroides consistem em escombros dos processos de formação de planetas, então conhecê-los significa entender melhor as origens do sistema solar. Em segundo lugar, não há como negar que existe a possibilidade constante de um asteroide colidir com a Terra, logo, entender as trajetórias desses corpos espaciais pode nos levar a evitar futuros desastres.
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Fonte: Olhar Digital
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