“O Predador: A Caçada”, prelúdio do clássico de 1987 com Arnold Schwarzenegger “O Predador”, pode ser um filme de ação, mas em entrevista ao Olhar Digital, o diretor do filme, Dan Trachtenberg, revelou ter utilizado uma narrativa de filmes de esporte para construir sua história.
Perguntado sobre como a ideia original foi desenvolvida ao longo do tempo, Trachtenberg confirmou que houve uma evolução do que se imaginava inicialmente. “Ela evoluiu um pouco ao longo do tempo. Eu estava muito interessado em fazer um filme que fosse contado principalmente através da ação,” disse ele. “Eu não queria que fosse apenas um bom momento. Que fosse apenas divertido e rock and roll e apenas para a pipoca. Eu realmente queria infundir isso com coração e emoção e que fosse sobre algo”.
Então, ele revelou ter partido de uma inspiração bastante curiosa para um filme de ação como “O Predador: A Caçada”: longas esportivos. “Eu olhei para filmes de esporte e pensei: se eu pudesse infundir o motor de uma história de azarão com um filme de ação, poderíamos ser capazes de fazer algo realmente especial. E então pensei que seria ótimo se eu pudesse fazer isso sobre personagens que geralmente são relegados a interpretar o ajudante, que nunca são apresentados como o herói de uma história.”
O resultado foi uma história que se passa nos anos 1700, sobre uma jovem nativa americana dos Comanche, que precisa lidar com uma ameaça alienígena bem conhecida dos fãs da franquia “Predador”, enquanto vive uma luta diária para conseguir ser reconhecida por sua tribo como uma guerreira.
Falando sobre a franquia, Trachtenberg lembrou como Arnold Schwarzenegger era “o auge do que pensamos de um herói americano”, e continuou. “Eu só queria focar a câmera no outro tipo de personagem e ver se eles podem estar à altura da ocasião.”
Desafios e representatividade em “O Predador: A Caçada”
Além da narrativa, fazer um filme localizado neste período de tempo já apresenta um desafio por si só. Mas o filme contou com a produtora Jhane Myers, que além de seu trabalho no cinema, também é uma nativa americana da Nação Comanche.
Myers falou sobre os desafios de criar um filme localizado neste período. “Especificamente porque não há muitos registros dos anos 1700, como imagens de referência, etc. Então para mim como produtora e artista Comanche, e artista tradicional, pude usar algumas de nossas histórias porque temos uma tradição oral,” comentou ela.
“Então eu pude usar algumas das histórias sobre como as coisas pareciam, como usamos cores tradicionais, como usamos plantas diferentes para fazer essas cores,” continuou a produtora.
Mas, além dos desafios, Myers falou sobre como se sentiu em ver um filme como este acontecer. “Foi muito empoderador para mim como mulher nativa ver outra mulher nativa no papel principal, o que você nunca vê,” disse ela. “Ver tudo isso era como se eu estivesse vivendo no meu passado tribal, o que foi incrível para mim.”
“O Predador: A Caçada” vem recebendo diversos elogios da crítica e do público, e tem incríveis 93% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes, acompanhados de respeitáveis 78% de aprovação do público.
O filme já está disponível no Brasil pelo Star+.
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Fonte: Olhar Digital
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