Ex-ministro da Infraestrutura falou sobre propostas para segurança pública, educação e afirmou que São Paulo ‘tem condições de caminhar com as próprias pernas’
O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas participa de sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 18. Candidato ao Governo de São Paulo pelo Republicanos, Tarcísio aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais no Estado, com cinco pontos percentuais de vantagem à frente de Rodrigo Garcia (PSDB), seu principal oponente na disputa por uma vaga no segundo turno. De acordo com pesquisa DataFolha divulgada nesta quinta-feira, 19, o ex-ministro soma 16% dos votos em São Paulo, contra 11% de Garcia. Fernando Haddad (PT) é líder no ranking, com apoio de 38% dos entrevistados. Recém-chegado no Estado, Tarcísio tem apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a disputa local. Como candidato, tem privatizações, obras, programas habitacionais e capacitação profissional como principais temas defendidos, defendendo a criação do programa Jovem Aprendiz Paulista, se eleito. “Vamos conseguir melhorar. Não é possível que São Paulo tenha 90% dos alunos sem proficiência em português e matemática. Se não der as ferramentas e competências, os jovens não terão esperança”, afirmou, em debate. Confira abaixo a cobertura especial da Jovem Pan sobre a sabatina de Tarcísio Gomes de Freitas:
9h – Tarcísio Gomes de Freitas faz suas considerações finais
8h58 – “Acredito no sistema eleitoral”, afirma Tarcísio
Tarcísio Gomes de Freitas: Nas urnas eletrônicas, mas entendo que todo pode ser aperfeiçoado. O que está sendo promovido agora é um debate acerca do aperfeiçoamento desse processo. Algumas propostas que tem aparecido são bastante razoáveis e seria muito bom que a gente abrisse um diálogo franco a colocar isso na mesa. Qual o problema de eu ter duas contabilizações em dois computadores diferentes para fazer com que a gente verifique o que vai chegar ao mesmo? Eu acredito no sistema, mas todo o sistema é passivo de aperfeiçoamento e a gente tem condição de, por meio do diálogo, construir um consenso e para uma confiança absoluta no sistema.
8h55 – Amanda Klein questiona sobre educação em São Paulo
Tarcísio Gomes de Freitas: A gente precisa dar ferramenta aos alunos. A gente precisa garantir que esses alunos cheguem no mercado de trabalho com as ferramentas necessárias. Temos enfrentamento ao prejuízo da Covid-19, esse afastamento irresponsável dos alunos da sala de aula e aí temos quatro pilares: combate à evasão, assistência às famílias, seleção de conteúdos e escolar integradas. É interessante estimular os professores, as carreiras, para que sejam valorizados.
8h52 – Roberto Mota questiona qual o segredo para mudar o Ministério da Infraestrutura
Tarcísio Gomes de Freitas: Primeiro fato de eu ser uma escolha técnica, uma opção presidencial. Segundo foi a liberdade que eu tive, busquei montar uma equipe técnica, um time de craques. Então em cada posição eu tinha um craque jogando
8h50 – Qual a sua opinião sobre as pesquisas eleitorais?
Tarcísio Gomes de Freitas: [Fernando] Haddad lidera [as pesquisas em São Paulo] porque tem recall, foi candidato a presidente, tem uma conexão do nome dele com o Lula que é muito estreita, que é imediata, um candidato que é, praticamente, conhecido por toda a população. Eu e o Rodrigo temos graus de desconhecimento muito grandes. E esse conhecimento vai vir ao longo da campanha. A gente vai mostrar o nosso trabalho ao longo do tempo. Eu estou muito otimista com relação ao crescimento. Eu estou muito otimista com relação ao crescimento. E quando a gente lê uma pesquisa dessas a gente pensa: poxa, tenho oportunidade de crescer. Eu tenho oportunidade de transformar essa desconhecimento em intenção de voto. (…) Estou muito otimista com relação à chegada no segundo turno. Pesquisa para mim é uma fotografia de momento, marca aquele momento específico.
8h46 – Temperatura nas eleições deve aumentar ou reduzir?
Tarcísio Gomes de Freitas: Brasil tem democracia vibrante, consolidada, que vai continuar funcionando. A gente tem muita coisa boa para mostrar. Enfrentamos a crise do Covid, a crise hídrica e a guerra da Ucrânia. Graças as ações e medidas do governo, terminamos com melhor resultado. A gente tem o que mostrar, nós avançamos nas reformas estruturais, nós acionamos muitas das alavancas que vão permitir um crescimento consistente, um crescimento estrutural nos próximos anos. Avançamos no saneamento, avançamos na infraestrutura, avançamos na liberdade econômica. Então a gente tem muita coisa pra apresentar, tem resultado para colocar na mesa. O resto recompensa, o resto é fumaça. Agora, esse governo tem resultado e mais importante. Isso nos conecta com o futuro.
8h40 – Mas você defende a ação do governo federal na pandemia?
Tarcísio Gomes de Freitas: O que aconteceu em São Paulo e em outros Estados na pandemia foi equivocado. Está mais do que provado. Era bastante racional que não ia surtir efeito nenhum. O governo federal investiu quase R$ 30 bilhões em vacinas. Adquiriu quase 600 milhões de doses e 80% da população brasileiro chegou ao esquema primário vacinal completo. O case de vacinação no Brasil foi um sucesso. O Brasil adotou uma estratégia de diversificação de imunizantes. (….) No final das contas, houve a disponibilização, a oferta, houve a compra. Se comprou Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac, porque o governo financiou a compra da CoronaVac, comprou todas as doses, e investiu muitos recursos no combate à pandemia. Acho que se atacou o problema da maneira que se tinha que atacar. Agora, houve muito espetáculo e utilização eleitoral nesse período.
8h38 – É preciso rever o pacto federativo como defende Rodrigo Garcia?
Tarcísio Gomes de Freitas: O Estado de São Paulo recebeu quase R$ 400 bilhões em transferência voluntárias e obrigatórias, de 2019 até aqui. O Estado tem condições de andar com as próprias pernas. Tem o suporte do governo federal. São 2,4 milhões de pessoas recebendo o Auxílio Brasil todos os meses. A mão do Estado está, sim, presente aqui no Estado de São Paulo. No final das contas, uma redução tributária da carga tributária de São Paulo, uma revisão das substituições tributárias, redução de alíquotas do ICMS, a devolução dos créditos de ICMS, vai liberar uma energia potencial que está esperando para virar energia cinética, liberar uma série de investimentos que estão represados, esperando oportunidade de acontecer. E isso vai gerar muitos empregos e impulsionar o setor produtivo.
8h35 – José Maria Trindade: Se fosse governador em SP na pandemia, o que faria?
Tarcísio Gomes de Freitas: Olha a o setor produtivo de São Paulo sofreu muito com a crise da Covid-19 e com fechamento de comércio, fechamento desarrazoado, né? Fechamento de indústrias, encerramento de atividade produtiva se não fosse o suporte do Governo Federal cidade teria dificuldade, os municípios teria dificuldades. O governo mandou muito dinheiro pro enfrentamento direto da Covid, postergou o pagamento de serviço da dívida, socorreu milhões de pessoas, 12 milhões de pessoas receberam aqui o auxílio emergencial. Se não tivesse a ação inteligente, oportuna e dirigente do governo federal, Estados e municípios não pagariam salários. O serviço público ia morrer, porque os servidores não iam receber salário. Foi uma política desarrazoada, não pensou nas pessoas. Foram ações tomadas com cunho eleitoral e contra a ciência. A gente teria feito tudo absolutamente diferente do que foi feito aqui, Entendo que o governo federal deu suporte, atuou como deveria ter atuado e estamos vendo resultado.
8h30 – Roberto Mota retoma questionamento sobre segurança e fala em letalidade policial
Roberto Mota questiona sobre a participação de ONGs conhecidas pelo seu ativismo “antipolícia” na comissão de letalidade policial em São Paulo.
Tarcísio Gomes de Freitas: Eu sou contra. Eu acho que o tempo de tratar policial como suspeito e o bandido como parceiro tem que acabar. Eu acho que o policial tem que ter o apreço do Estado para ele poder exercer sua atividade, porque é um cara que bota a farda e corre riscos para defender a sociedade. (…) Existem bons e maus profissionais em todas as corporações, em todos os lugares. Isso vai acontecer nas Forças Armadas, no serviço público, na iniciativa privada, onde a gente for. É inerente ao ser humano. A gente tem que ser implacável com os maus, afastar, punir severamente os desvios de conduta e ter apreço pelos bons, dar suporte. Isso é fundamental na segurança pública que tem muito a ver com dissuasão, você não pode deixar o policial em situação de desvantagem em relação ao bandido. (…) Tem uma inversão de valores. E isso vai sendo colocado na cabeça da sociedade e as pessoas vão achando que isso é normal. A gente tem que acabar com essa situação de supremacia do bandido. O bandido não tem que ter supremacia.
8h25 – Adriana fala sobre fome e desigualdade e questiona : Cracolândia vai ter solução? Quando?
Tarcísio Gomes de Freitas: Em todo lugar que a gente vai, a população nos procura. Esse problema tem solução? Entendo que é possível entender a problemática do Estado, temos problema de segurança alimentar, muitas vítimas de políticas equivocadas de enfrentamento à pandemia. Quantos empreendedores existem na cidade de São Paulo? Gente que precisa de treinamento e crédito, que pode chegar com aval estatal. A gente pode vir com assistência social em adição ao que o governo federal já vem fazendo.
8h19 – Thiago Uberreich questiona: Se eleito, quem será o secretário da segurança pública?
Tarcísio Gomes de Freitas: Eu ainda não escolhi o secretário de Segurança Pública, não tenho o nome. Agora, podem ter certeza de uma coisa, será um nome muito técnico, um nome que tenha identidade e entenda de segurança pública. O secretariado vai ser todo técnico, assim como foi o ministério do presidente Bolsonaro. Esse exemplo que o Bolsonaro me deu eu vou seguir na montagem do secretariado no Estado de São Paulo. Isso faz a diferença. Ter o Paulo Guedes como ministro da Economia é um luxo; Tereza Cristina como ministra da Agricultura foi um luxo; Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, outro luxo. Porque são pessoas muito qualificadas.
Eu entendo que a gente vai crescer na segurança pública. Primeiro, se a gente entender que tem que caminhar próximo do governo federal para que haja compartilhamento de polícias, monitoramento de instalações críticas, compartilhamento e atuação conjunta na área de inteligência. É importante atuar na asfixia financeira do crime organizado. (…) É fundamental valorizar as carreiras policiais. A gente precisa valorizar as carreiras, porque os salários são baixos e, aí, você não consegue reter os profissionais que ingressam na carreira, que normalmente são profissionais vocacionados, não tem mobilidade, eles não são promovidos, não atingem a classe especial. Há uma falta de proteção do Estado para esses profissionais. Se a gente valorizar os profissionais de segurança pública e atuar em conjunto com o governo federal, principalmente na questão da inteligência e utilizar monitoramento, a gente vai melhorar a percepção de segurança.
8h15 – “Tenho muito potencial para trabalhar aqui com a iniciativa privada”, afirma ex-ministro
Tarcísio Gomes de Freitas: Não existia recursos para fazer o que fiz no Ministério da Infraestrutura. O pessoal dizia para mim não é possível, vamos substituir o não dá pelo “é possível”. Tenho muito potencial para trabalhar aqui com a iniciativa privada.
8h11 – ‘Ninguém me olha com desconfiança’, diz Tarcísio
Tarcísio Gomes de Freitas: Não tenho dúvida. E a população está me dando essa resposta, a gente está sendo bem recebido. Ninguém me olha com desconfiança. Ninguém chega a esse cara forasteiro, ‘esse cara não veio daqui até porque riqueza de São Paulo foi construída por paulistas e por pessoas que vieram de fora’. O que o Estado quer? Alguém que tenha sensibilidade que entenda os problemas, alguém que consiga encaminhar ideias e encontrar soluções. Ninguém quer saber da aonde você nasceu. O carioca, o carioca. Ninguém quer saber da onde você veio, o pessoal quer saber para onde a gente vai e se você tem condição de conduzir esse movimento, você tem condição de realizar.
8h07 – Amanda Klein pergunta sobre críticas recentes ao ex-ministro
Tarcísio responde sobre críticas recebidas após mencionar que precisaria vir um candidato de fora do Estado para concluir as obras do Rodoanel. Ele é nascido no Rio de Janeiro.
Tarcísio Gomes de Freitas: Eu acho que eu fui mal interpretado. Na verdade, dentro do contexto, acho que todo mundo entendeu o que eu quis dizer. E as pessoas estão usando, agora, isso, de uma maneira ofensiva. Querendo botar na minha boca palavras que eu não disse. O que eu quis dizer foi o seguinte: questionaram por eu ser forasteiro e eu disse que o que eu tenho é sensibilidade. Eu tenho capacidade de estudar os problemas, entendê-los e procurar construir soluções. Eu vi coisas aqui em São Paulo que eu só tinha visto em Porto Príncipe, no Haiti. Você tem um rodoanel que, no final das contas, a não conclusão dele deixa vários municípios de costa para a logística, me preocupa. A gente vai ter capacidade de fazer um rodoanel. (…) O que estou querendo dizer é que tenho sensibilidade pra entender que as rodovias que chegam a São Paulo por exemplo hoje estão bastante saturadas e que a gente tem condições de fazer (…) O fato de eu ser de fora de São Paulo não significa que eu não tenha condição de resolver os problemas de São Paulo.
8h05 – “A gente fez bastante por São Paulo”, diz Tarcísio
Tarcísio Gomes de Freitas: Ontem, a gente leiloou o [aeroporto] Campo de Marte e o aeroporto de Congonhas. Só em Congonhas, R$ 2,4 bilhões de outorga mais R$ 3,5 bilhões de investimento que vão ser contratados. Muitos empregos serão gerados. Estamos falando de aumento de segurança, melhoria da prestação de serviços. Acabamos de fazer o leilão da [rodovia] Dutra, recentemente, R$ 6,5 bilhões serão aplicados em São Paulo. Vamos ter quadruplicação de toda a via Dutra no vale do Parnaíba, investimento no turismo religioso de Aparecida. Muitos investimentos na chegada em Guarulhos, que era um ponto de gargalo e restrição, com diminuição do tempo de viagem. A gente fez investimentos no porto de Santos. Foram mais de R$ 6 bilhões nos últimos anos. Agora a gente está se preparando para a desestatização que, para mim, representa a renovação da Baixada Santista (…) Se a gente somar o que trouxe investimento privado com todos esses empreendimentos, isso chega R$ 50 bilhões. A gente fez bastante por São Paulo e o impulso do transporte ferroviário juntamente com a melhoria da questão portuária, da atividade portuária, realmente vão fazer um diferencial enorme para o Estado de São Paulo.
8h03 – ‘Meu adversário vai ser Fernando Haddad’, diz ex-ministro
Tarcísio Gomes de Freitas: Não dá para escolher adversário. A gente vai apresentar primeiro para o eleitorado paulista quem é o Tarcísio, o que a gente fez ao longo desse tempo, o que nós entregamos, o nosso diferencial, que é a capacidade de realização, de tirar projetos do papel e transformá-los em realidade. Eu acredito que a eleição de São Paulo vai espelhar, em alguma medida, a eleição nacional. Acredito que teremos um candidato do PT e um outro antiPT. Esse candidato antiPT sou eu, que represento aqui em São Paulo, o presidente Bolsonaro. Assim, o meu adversário vai ser o Fernando Haddad.
8h – Thiago Uberreich e Adriana Reid dão boas vindas a Tarcísio Gomes de Freitas
Fonte: Jovem Pan News
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