Pequim e Washington chegaram a um acordo preliminar que permitirá que autoridades norte-americanas revisem documentos de auditoria de empresas chinesas que negociam com os Estados Unidos. Com a decisão, cerca de 200 empresas chinesas como Alibaba Group, JD.Com Inc e NIO INC poderão permanecer listadas na bolsa de valores de Nova York. 

O acordo é um passo importante para os reguladores dos EUA que há mais de uma década têm exigido acesso aos documentos de auditoria de empresas chinesas listados na bolsa americana.

Há mais de uma década, por questões de segurança, Pequim tem se negado a permitir que reguladores estrangeiros inspecionem as empresas de contabilidade. De acordo com o  Conselho de Supervisão de Contabilidade de Empresas Públicas (PCAOB, na sigla em inglês), as posições tomadas pelas autoridades da China “obstruíram completamente a capacidade do PCAOB de inspecionar e investigar empresas de contabilidade pública registradas na China continental e em Hong Kong”. O conselho informou que esse acordo com a China foi o mais detalhado e prescritivo já feito. 

O presidente da Bolsa de Valores de Nova York, Lynn Martin, ressaltou a importância do acordo preliminar. “Este acordo é um desenvolvimento importante para a economia global e nossos mercados de capitais dos EUA, que permanecem proeminentes em grande parte por causa de sua capacidade de equilibrar a proteção dos investidores e o acesso às principais empresas do mundo”, disse Martin.

Logo da Alibaba Group
Com o acordo a Alibaba Group poderá permanecer listada na bolsa de valores de Nova York. (Imagem: Koshiro KShutterstock)

O acordo ocorre em meio a tensão entre Washington e Pequim devido a visita da presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, a Taiwan. O que não foi visto com bons olhos pelas autoridades da China.

Imagem: Studio Romantic/Shutterstock

Com informações de Reuters e Bloomberg

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