Em entrevista ao ‘Jornal Nacional’, senadora disse que a polarização Lula-Bolsonaro ‘leva o país ao abismo’ e criticou ‘puxada de tapete’ dentro do MDB
A senadora Simone Tebet (MDB) foi a quarta – e última – presidenciável a participar da série de entrevistas do Jornal Nacional, da TV Globo, que reuniu os nomes mais bem colocados na corrida eleitoral ao Palácio do Planalto. A sabatina aconteceu nesta sexta-feira, 26, e teve como principais temas o corrupção, propostas para educação, erradicação da pobreza e pandemia de Covid-19. Ocupando a quarta posição nas pesquisas de intenção de votos, oscilando entre 2% e 4% de apoio, Simone Tebet se posicionou duramente contra a polarização representada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputam o primeiro e o segundo lugar, respectivamente, nas pesquisas de intenção de votos. Na visão da parlamentar, essa disputa extrema “leva o país ao abismo” e prejudica a própria disputa eleitoral, uma vez que alguns membros do seu partido acabaram sendo “cooptados” pelos principais adversários. “Tentaram puxar o meu tapete a pouco tempo atrás. O que me trouxe até aqui? Tive que vencer maratona com muitos obstáculos, tivemos muitos candidatos e eu venci. Tentaram levar o partido para o presidente Lula, judicializaram a minha candidatura e isso foi rapidamente rejeitado. Depois de todos obstáculos é hora de falar que temos o melhor programa de país, de governo, temos condições”, afirmou a candidata, em uma das suas primeiras falas.
Ela citou pontos principais do seu programa de governo, como erradicar a miséria, diminuir pobreza e acabar com a fome no Brasil; zerar as filas de cirurgias e exames atrasos nos dois primeiros anos e ações para reduzir o déficit educacional causado pela pandemia de Covid-19. No aspecto econômico, Simone Tebet defende a aprovação de uma reforma tributária nos seis primeiros meses do novo mandato, cujo texto deve focar na taxação de lucros e dividendos e, principalmente, na redução dos impostos pelo consumo. “Porque quem mais paga é o pobre. A reforma tributária mais emergente e que está ponta, só não votou porque o presidente [Jair Bolsonaro] não quis. Dá para votar nos seis primeiros meses”, exaltou a senadora, que também propõe um reajuste na tabela do Imposto de Renda com revisão das faixas de isenção para a classe média, embora não tenha antecipado o valor. Tirar dos mais pobres e taxar os mais ricos”, afirmou. No Jornal Nacional, a senadora também voltou a falar sobre governar o país “com coração de mãe” e exaltou sua candidatura como “Ficha Limpa”. “Vamos colocar o Brasil em primeiro lugar porque sou mãe. Tenho experiência e sou ficha limpa. Por isso, vou estar todos os dias para olhar nos seus olhos em uma campanha simples e direta. Juntos, com amor e coragem, vamos mudar o Brasil”, conclui.
Fonte: Jovem Pan News
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