Após trocas de críticas entre a NASA e a China, o país asiático não perdeu tempo ao criticar a agência e Bill Nelson, administrador da organização, após o foguete da missão Artemis não ter sido lançado.

As desavenças no setor espacial são evidentes e, tanto a China quanto Bill Nelson, frequentemente trocam farpas em declarações à imprensa. No site Global Times a China criticou Nelson e sua atuação, após a falha do foguete Space Launch System (SLS) e após uma entrevista concedida à NBC, em que o administrador da NASA não foi favorável à China.

Segundo o diretor, “[os chineses] obtiveram grande parte da tecnologia de todos os outros e, como resultado, eles são muito bons”. Não é a primeira vez que Nelson faz esse tipo de declaração, em maio, ele afirmou que o programa espacial da China é “bom em roubar” dos EUA e de outros países.

Uma evidência que pode sustentar essa alegação de Nelson é que, em 2019, uma missão secreta de Segurança Interna pegou um cidadão chinês supostamente tentando roubar mísseis sensíveis e componentes de naves espaciais fora dos EUA.

O Global Times contou com a declaração de um especialista aeroespacial chinês sênior, que sob condição de anonimato, falou para a imprensa que as observações do administrador da NASA eram inflamatórias, maliciosas e mal intencionadas.

China e os EUA em conflito

O especialista complementou dizendo que “desde o início da era da exploração humana do espaço, nenhum país jamais reivindicou alguns dos recursos do espaço sideral”. Ele relembrou o acordo firmado entre os países de que o Espaço não pertence a nenhuma nação.

Esses ataques públicos são antigos. Já no início de julho, o administrador da NASA, em uma entrevista ao jornal alemão Bild, acusou a China de tentar “roubar a Lua”. Certamente, a China também recorreu à imprensa para se defender.

Em uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, disse que “o lado dos EUA tem constantemente construído uma campanha de difamação contra os esforços espaciais normais e razoáveis da China, e a China se opõe firmemente a tais observações irresponsáveis”.

Esses ataques e sentimentos mútuos estão bem claros para todos, e as chances dessa situação se atenuar parece cada vez menor e mais distante.

Via: The Byte