De acordo com uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e realizada pelo Instituto FSB, uma em cada três pessoas não usa mais máscara de proteção facial em nenhum local no Brasil. Conforme levantamento, divulgado pela Agência Brasil, de abril a julho o índice dos que deixaram de usar a proteção quase dobrou, saltando de 17% para 32%. 

Entre os que continuam com o hábito, adquirido depois do surgimento da pandemia da covid-19, a adesão às máscaras continua, principalmente em locais fechados. De abril a julho deste ano, o percentual de brasileiros que disseram usar máscaras apenas em locais fechados manteve-se estável (de 53% para 52%) e o dos que usam a proteção tanto em locais fechados quanto abertos caiu de 29% para 16%. 

Máscara de proteção pff2. Crédito: rafastockbr/Shutterstock

“Diante de um cenário de menor gravidade da pandemia, com alta cobertura vacinal da nossa população e redução dos casos, as atividades econômicas estão retornando ao ritmo normal e o mercado de trabalho começa a se recuperar. Mas é importante que a população continue atenta aos índices de covid-19 e, sempre que preciso, mantenha os cuidados necessários para evitar uma nova onda, por todos os seus impactos na sociedade”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. 

A tendência de deixar de usar as máscaras acompanha a decisão de não obrigatoriedade. No transporte público, a maioria, 55%, continua usando o equipamento de proteção. Uma boa adesão também foi registrada em supermercados, ambiente em que 49% dos entrevistados disseram usar o acessório. 

Entre situações em que as pessoas menos usam as máscaras, estão os encontros entre amigos e família (75%). O uso também é dispensado em espaços de compras, como comércio de rua (34%) e shopping centers (33%). No ambiente de trabalho 31% continuam usando. 

A CNI realiza pesquisa sobre a situação da pandemia de covid-19 no Brasil e o comportamento da população desde o início de 2020. Para esta pesquisa, divulgada oficialmente na segunda-feira (29), o Instituto FSB ouviu presencialmente 2.008 cidadãos, nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou menos.