Caso Bolsonaro: como funciona o domínio de um site? 

A internet se tornou de uso diário e constante por grande parte da população mundial e, para acessar qualquer site, é necessário digitar um endereço de busca, que também pode ser chamado de domínio. 

Um domínio funciona como um localizador exclusivo na internet, para que cada empresa, pessoa ou plataforma faça com que seus usuários cheguem mais facilmente, já que originalmente, tudo é registrado por meio dos números de IPs. 

Como funciona o registro de um domínio? 

Bom, como explicado acima, o domínio é sua identificação online, e alguns sites são responsáveis por fazerem os registros destes endereços. Então, você pensa no domínio que quer e verifica se ele já está sendo utilizado. 

Caso não esteja, é possível comprá-lo, para que ele passe a ser seu. Se der o azar de escolher um domínio já usado, existem alguns sites que fazem uma negociação de domínios, explica o especialista em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja.

Por exemplo, se você quer o domínio “ABCD.com.br”, mas ele já tem dono, você pode buscar por este site intermediador e fazer um lance e, quem sabe, passar a ser o dono do site. Igreja cita a GoDaddy, como um desses portais gestores. 

O especialista também explica que é possível brigar judicialmente por um domínio que tenha relação a você ou sua empresa, por exemplo. “Se alguém fosse lá e registrasse ‘arthurigreja’, eu poderia tentar brigar por isso estar relacionado ao meu nome”, contou. 

Quando expira um domínio? 

Estes endereços online são propriedades e precisam ser pagos. Arthur Igreja conta que, caso alguém deixe de pagar por seu domínio, ele volta a ficar disponível para um novo registro. 

Os sites da família Bolsonaro são claros casos de domínios que deixaram de ser pagos. O portal “bolsonaro.com.br”, que era usado para disseminar informações do governo de Jair Bolsonaro (PL), mudou de dono no começo de 2022 e agora faz claros ataques ao presidente do Brasil. 

O site “carlosbolsonaro.com.br” também passou pelo mesmo problema. O portal do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) era utilizado para divulgar o currículo e redes sociais do político, mas desde o dia 26 de agosto passou a pertencer a empresa Laticínios Tamandaré Indústria e Comércio Ltda. e está vazio.