O Olhar Digital teve acesso antecipado aos dois primeiros episódios da série do Prime Video “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”, que apresentou um início promissor para a superprodução.
A série tem como personagem principal a elfa Galadriel, vivida pela atriz galesa Morfydd Clark em sua versão mais jovem – a personagem é interpretada por Cate Blanchett na trilogia de “O Senhor dos Anéis”. E os episódios iniciais são bastante centrados em Galadriel, apesar de apresentar outros tantos núcleos e histórias, que devem se cruzar no futuro.
Começando por Galadriel, ela se coloca em meio a uma caçada sem fim, buscando justiça (ou vingança) pela perda de seu irmão mais velho. A série apresenta um setor importante da história da Terra-média, afinal esta história se passa cerca de dois mil anos antes da época conhecida nas trilogias “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis“, de Peter Jackson.
Junto a Galadriel, outros elfos são apresentados, desde personagens que prometem ter grandes papéis como Elrond (Robert Aramayo) e o Rei Gil-galad (Benjamin Walker), e os que lutam a seu lado – por sinal acredito que o ponto mais fraco da série até aqui são as lutas, que parecem artificiais e ensaiadas demais.
Ainda sobre Galadriel, ela é apresentada a uma decisão difícil: continuar sua caçada que já dura muitos anos e trouxe poucos resultados, ou finalmente encontrar a paz. Clark consegue transparecer bem a complexidade dos sentimentos de sua personagem, teve uma boa estreia na série e deve cativar os espectadores. Robert Aramayo também merece destaque por sua atuação nos episódios iniciais.
Outro elfo, mas deslocado dos citados acima, é Arondir, um elfo da floresta que parece se apaixonar pela humana Bronwyn. Mas, o potencial romance entre um imortal e uma mortal não aparenta ser o foco deste arco da história, que tem coisas mais sinistras envolvidas e deve ser bastante relevante para o caminhar da série.
Mas nem só de elfos vive a Terra-média, e “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder” apresenta outros povos ao longo do caminho. No episódio inicial são destacados os pés-peludos, um dos três povos hobbits. A série coloca bastante ênfase no estilo de vida leve e despreocupado dos pés-peludos, mas apresenta Nori, uma jovem que é aventureira demais para se encaixar com os costumes de seu povo.
Na sequência, os anões também ganham espaço, em especial Durin IV, vivido por Owain Arthur, que terá sua relação com Elrond explorada na série.
Já nestes episódios iniciais, descobrimos o que é a tal bola de fogo que cruza o céu em um dos teasers da série, mas sua origem ainda é desconhecida, e deve estar amplamente ligada à história de “Os Anéis de Poder”.
O roteiro da obra é bastante intrigante neste começo, e inicia diversas pontas soltas na história, que devem se emaranhar ao longo dos episódios seguintes. Cenários e figurinos são destacáveis para uma produção para a TV, mas pelo menos neste começo, as cenas de luta incomodam um pouco por não aparentarem veracidade. Em uma série com um orçamento do tamanho de “Os Anéis de Poder”, esta é uma grande falha.
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Mas “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder” tem a atmosfera de uma história da obra de J.R.R. Tolkien, a trilha sonora é envolvente, a fotografia tem seu destaque e o elenco é competente, o que torna assistir à série uma experiência muito agradável e intrigante. Quando os caminhos destes personagens vão se cruzar? O que pretendem? Quais as motivações de cada um? O que está acontecendo na Terra-média? Para onde o futuro de Galadriel a levará?
Os episódios iniciais levantam todas estas questões, e são bons o suficiente para deixar o espectador intrigado com o futuro da série.
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Fonte: Olhar Digital
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