A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou nesta quarta-feira (31) a atualização das vacinas contra Covid-19. A vacina que recebe os novos imunizantes será a da Pfizer/BioNTech e a da Moderna, e tem o objetivo de combater as subvariantes dominantes BA.4 e BA.5 da Ômicron.
E, enquanto isso, o governo dos EUA está se preparando para uma nova campanha de vacinação nos próximos dias. É importante ressaltar que ambas as vacinas terão o vírus alvo de todas as vacinas anteriores contra a Covid.
A vacina reformulada da Moderna foi autorizada para maiores de 18 anos, por outro lado, a vacina da Pfizer/BioNTech estará disponível para maiores de 12 anos, disse a FDA.
A FDA permitiu que todos com mais de 12 anos recebessem caso tivessem tomado pelo menos duas doses da vacina contra a Covid-19. Além disso, a última aplicação deve ter sido realizada há pelo menos dois meses.
Robert Califf, comissário da FDA, informou que “à medida que nos aproximamos do outono e começamos a passar mais tempo em ambientes fechados, incentivamos fortemente qualquer pessoa elegível a considerar receber uma dose de reforço com uma vacina contra Covid-19 para fornecer melhor proteção contra variantes atualmente em circulação”.
Essa aprovação aconteceu no momento em que o hemisfério norte está passando pelo inverno. “A ideia é aumentar os anticorpos agora, mas também nos dá a esperança de proteção mais duradoura, que nos ajudará a enfrentar o inverno”, afirmou o regulador de vacinas do FDA, Peter Marks.
“A FDA está fazendo a coisa certa agora diante do inverno e das variantes em evolução”, disse Jeanne Marrazzo, diretora da divisão de doenças infecciosas da Universidade do Alabama em Birmingham. “A maioria das pessoas que cuidaram de pacientes estão surtando com o que pode acontecer no outono e dizendo: ‘Como você pode não fazer alguma coisa?’”.
“À medida que o outono e o inverno chegarem, provavelmente veremos [as mortes por covid] aumentarem para 1.000 ou mais por dia, e isso não é trivial”, concordou Levy, do Hospital Infantil de Boston.
De acordo com especialistas, as vacinas atualizadas são importantes para pessoas idosas e imunocomprometidas, mas que há dados limitados para apoiar o nível de proteção que o governo prometeu.
“A ideia é que eles querem que a proteção contra a infecção seja gerada o mais rápido possível na população, mas ainda não está claro quão clinicamente eficazes essas vacinas são contra a infecção por BA.5 e se um período de espera mais curto afetará a eficácia devido à interferência da imunidade prévia”, afirmou Dr. Amesh Adalja, especialista em doenças infecciosas do Johns Hopkins Center for Health Security, em Baltimore.
O governo dos Estados Unidos está apostando que a quantidade de pessoas que tomarão essa dose será menor que a anterior, pois as taxas de internação e mortalidade têm permanecido estáveis nos últimos meses e os cidadãos estão mais desatentos às medidas de proteção contra a doença.
Por outro lado, as instituições que criaram as vacinas estão felizes com a rapidez na produção e na disponibilidade para a sociedade, principalmente tendo como base as orientações feitas pelo FDA há dois meses.
Essa rápida aprovação até deixou a população meio desconfiada, pois algumas foram aprovadas antes dos testes em humanos. Porém o governo dos Estados Unidos alegou que o coronavírus tem se desenvolvido tão rapidamente que os resultados em humanos estariam desatualizados caso fossem apresentados ao FDA.
“Já temos um problema com a aceitação do reforço”, disse Eric Topol, professor de medicina molecular da Scripps Research. Ao elogiar o desejo da FDA de agir agressivamente contra o vírus, ele disse que a escassez de dados humanos para as novas vacinas pode deixar as pessoas cautelosas. “Acho que isso seria lamentável”, disse ele.
Via: The Washington Post, Metrópoles e UOL
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Fonte: Olhar Digital
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