A startup IronOx, do Vale do Silício, apresentou uma nova ideia de fazenda, com plantações dentro de galpões ou até casas, sendo cuidadas por robôs e observadas por câmeras inteligentes.

A equipe robótica é composta por Grover, robô que move as bandejas de 453kg com as plantas, Ada, robô que manipula as plantas, e Max, robô que dispensa a quantidade certa de água e nutrientes para plantas trazidas com base no que as câmeras apontam.

“Recebemos uma varredura de alta resolução de todas as plantas. Isso nos permite ter certeza de que elas estão crescendo no caminho certo, prever quanto teremos na colheita e ver se é necessária uma intervenção – com água, nutrientes, luz, temperatura e umidade”, explica David Silver, diretor de robótica da IronOx.

O intuito da empresa é produzir alimentos renováveis, com água residual da irrigação reutilizável. Silver destaca que a IronOx utiliza a quantidade certa de fertilizante controlando rigidamente um insumo agrícola que é uma importante fonte de metano, gás que causa o efeito estufa.

Câmeras da IronOx
Câmeras da IronOx

“O fertilizante requer muita energia para produzir e emite muitos gases de efeito estufa. As emissões totais de gases de efeito estufa da agricultura mundial são comparáveis ​​ao transporte mundial. Se queremos reduzir os gases de efeito estufa, temos que olhar para o setor agrícola”, ressalta o diretor de robótica da empresa.

Mas e os lavradores?

A IronOx afirma que os humanos colherão e embalarão os produtos. “Os trabalhadores que podem complementar a nova automação e realizar tarefas além das habilidades das máquinas, muitas vezes desfrutam de uma remuneração crescente. No entanto, os trabalhadores que executam tarefas semelhantes, que as máquinas podem substituir, ficam em pior situação”, afirma o professor Harry Holzer, da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.

Centro de cultivo da IronOx
Centro de cultivo da IronOx