Na última semana, a chegada de um tipo de pneumonia desconhecida se espalhou por uma região da Argentina. Até o último domingo (4), 11 casos já haviam sido registrados, com cinco mortes dentre eles. Agora, cientistas descobriram o mistério por trás da doença, que tem sido fatal em alguns pacientes.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), os casos diagnosticados têm relação com a bactéria Legionella. Segundo divulgado pela BBC News, o gênero pertence a um grupo de bactérias Gram-negativas patogénicas, o que inclui a espécie Legionella pneumophila, que causa a doença do legionário com o desenvolvimento de uma pneumonia atípica grave.
O surto começou entre funcionários de saúde da clínica privada de San Miguel de Tucumán (1.300 km ao norte de Buenos Aires), a maioria possuía comorbidades. O local foi isolado, contudo, o terceiro óbito foi de um paciente que não pertencia ao grupo, o que alertou as autoridades de saúde argentinas. Os sintomas entre os infectados começaram entre 18 e 23 de agosto.
Em nota, a Opas garantiu que, até agora, “todos os casos do surto estavam ligados a um mesmo lugar, e não surgiram novos pacientes após o dia 25 de agosto”. O texto ainda detalhou que dentre os pacientes, apenas oito eram profissionais de saúde (ou seja. os outros três era pacientes comuns da clínica).
O Ministério da Saúde da Argentina e as autoridades locais também disseram que vão implementar algumas medidas de segurança e que vão investigar para determinar a origem da bactéria.
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Conforme informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, a Legionella foi descoberta em 1976. À época, ela causou um surto durante uma convenção da Legião Americana (que reúne veteranos de guerra) realizada na cidade da Filadélfia — o nome Legionella, aliás, faz alusão ao grupo.
Pouco antes, em 1968, houve também um surto de Febre de Pontiac nos EUA, doença causada pela mesma bactéria.
A Legionella se espalha por meio do vapor, como os que são produzidos por unidades de ar condicionado de grandes edifícios, além de piscinas, banheiras e torneiras e chuveiros que não são usados com frequência. A legionelose não é transmitida de pessoa para pessoa.
Fonte: Olhar Digital
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