“House of the Dragon”, spin-off de “Game of Thrones“, está fazendo um grande sucesso entre os fãs da franquia e vem expandindo a trama contada nas telas. Além de trazer novas histórias, a série vem corrigindo alguns problemas que foram questionados na saga original.
Uma dessas questões foi colocada em evidência pelo autor George R.R. Martin. Segundo ele, uma cena da primeira temporada de “Game of Thrones” não ilustra de forma fiel as ações que haviam sido apresentadas nos livros: a ocasião em que o rei Robert Baratheon vai caçar e acaba morrendo depois.
Martin revelou que essa é a cena que ele menos gosta em “Game of Thrones”. De acordo com o autor, a produção sofreu com problemas de orçamento em seu início de desenvolvimento e por isso, a caça do rei na série teve menos pessoas do que deveria exibir.
“São quatro caras andando a pé pela floresta carregando lanças. No livro, Robert sai para caçar, ficamos sabendo que ele foi ferido por um javali. Depois disso, trazem ele de volta e o rei morre. Mas eu sabia como era um grupo de caça real. Haveria uma centena de caras. Haveria pavilhões. Haveria caçadores. Haveria cães. Haverias chifres soprando – é assim que um rei vai caçar!”, disse Martin, no livro “Fire Cannot Kill Dragon” – obra citada pelo The Hollywood Reporter. “Ele não estaria apenas andando pela floresta com três de seus companheiros segurando lanças esperando encontrar um javali”, completou.
Uma comparação pode ser feita com a cena que foi exibida no terceiro episódio de “House of the Dragon”, em que a festa da caça real com o rei Viserys I Targaryen esbanja um visual mais fiel ao que Martin pensou e reproduziu nos livros. Nos arredores de uma floresta, há a captura de um grande cervo e a movimentação traz pessoas de várias casas diferentes de Westeros. Ao matar o animal, o rei Viserys conta com uma arma bem mais produzida que a de Robert Baratheon.
Outra cena que Martin e alguns fãs também chamaram a atenção foi o Torneio da Mão, igualmente na primeira temporada de “Game of Thrones”. A visão original do autor para o torneio que gerou a luta entre Sandor e Gregor Clegane era de um evento bem mais pomposo do que foi apresentado, com mais cavaleiros e justas – os combates medievais com cavalos. O orçamento limitado do início da produção foi novamente um empecilho.
Nesse sentido, é válido ressaltar que cada episódio de “House of the Dragon” custa US$ 20 milhões (cerca de R$ 105 milhões), bem acima dos US$ 6 milhões (cerca de R$ 31 milhões) por episódio da primeira temporada de “Game of Thrones” O orçamento do spin-off é superior até mesmo aos capítulos da oitava temporada da obra original, que passavam por US$ 15 milhões (cerca de R$ 78 milhões).
O terceiro episódio de “House of the Dragon” foi exibido no último dia 4 e vem construindo novas relações e questionamentos entre os fãs sobre os próximos acontecimentos na casa Targaryen, além de ter mostrado a batalha de Daemon Targaryen contra Engorda Caranguejo. Os episódios da série são lançados aos domingos, às 22h, na HBO e no HBO Max.
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Fonte: Olhar Digital
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