O rover Perseverance fez mais uma descoberta em Marte. Dessa vez, as imagens capturadas indicam a presença de areia verde no então considerado planeta vermelho. A informação foi divulgada por pesquisadores da Universidade de Purdue, de Indiana, nos EUA.
Há alguns anos, a Perseverance examinou cerca de quatro bilhões de pedras minerais antigas na cratera Jezero, onde foi encontrada uma formação rochosa composta por Olivina, mineral abundante em grande área do planeta. A formação rochosa se estende desde a borda interna da Jezero até a área circundante.
A Cratera Jezero foi escolhida como local de pouso para o Perseverance, em parte devido à história da cratera como parte de um sistema fluvial, quando Marte costumava ter água líquida, ar e um campo magnético.
Assim, os cientistas anteciparam a descoberta de rochas sedimentares com minerais de tonalidade avermelhada em Jezero.
No entanto, o achado da Perseverance mostrou que a maioria das rochas não eram as rochas sedimentares típicas que foram depositadas no fundo do lago pelos rios. Em vez disso, numerosas rochas eram compostas de lava solidificada rica em Olivina.
A Perseverance raspou uma rocha na cratera para desvendar sua composição e, depois, examinou a mancha exposta, por meio da qual os cientistas identificaram o tamanho do grão da Olivina.
A Olivina constitui a maior parte do manto da Terra e não é muito incomum em Marte também. Especificamente, as rochas ígneas da cratera Jezero são compostas por grandes grãos de Olivina, que costuma ser marrom ou verde-oliva e que ocorre em rochas de origem vulcânica, conferindo tom verde escuro a muitas das praias do Havaí.
Rochas antigas na Terra são altamente intemperizadas devido aos efeitos de bilhões de anos de vento, água e vida.
Em Marte, no entanto, as rochas ricas em Olivina são imaculadas e consideravelmente mais fáceis de se examinar. Uma teoria sugere que a Olivina pode ter se formado profundamente no solo a partir de lava vulcânica antes de ser constantemente exposto pela erosão.
Encontrar as rochas e realizar uma análise preliminar é apenas o primeiro passo. Além disso, um estudo mais detalhado é necessário antes que algo conclusivo possa ser dito sobre o ambiente da cratera Jezero no início do sistema solar e se poderia ter sido habitável.
Com informações de Universe Today e Screen Rant
Imagem destacada: NASA/JPL-Caltech/ASU
Fonte: Olhar Digital
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