Toda vez que você acessa algum serviço, especialmente os gratuitos, os dados pessoais são uma moeda de troca. Com a chegada da web 3.0 este cenário deve mudar para a criação de uma economia focada em informações, e a DrumWave escolheu a IBM para dar suporte ao lançamento de uma carteira virtual capaz de monetizar exatamente este tipo de material: a dWallet.

Se você utiliza algum serviço da internet, seja ele qual for, diversos dados sobre você são compartilhados com muitas empresas. Eles vão desde um simples histórico recente de navegação, passando por informações completas sobre o dispositivo de acesso, e podem chegar em dados sigilosos, como nome, situação financeira e número do CPF.

Pensando nessa economia bastante diferente para a web 3.0, a DrumWave criou um produto chamado dWallet e que pode ser traduzido como uma espécie de carteira digital, na qual no lugar dos cartões de crédito e de fidelidade, estão informações pessoais e importantes para o usuário.

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Ao invés de simplesmente entregar as informações como moeda de troca para algum serviço, sem real controle sobre estes dados, o usuário final recebe da dWallet um valor para o que está armazenado dentro da carteira digital. Neste ponto ele decide se vai compartilhar e quanto vai receber por isso – podendo ser até em dinheiro mesmo.

“O que a gente está fazendo hoje aqui com a IBM é democratizando o acesso ao dado e empoderando o dono do dado. Isso acontece com ajuda de artifícios computacionais onde a gente vai dar para o indivíduo e para as empresas duas coisas: controle sobre o valor do dado e a transparência sobre o uso”, diz Fernando Teles, Presidente e Chief Revenue Officer na DrumWave.

A DrumWave é uma startup sediada no Vale do Silício, nos Estados Unidos, mas com mãos brasileiras na hora de escrever linhas de códigos e criar a própria dWallet. Ela recebeu aporte da IBM pelo programa IBM Open Ventures. Neste projeto a empresa escolhe nomes regionais do Brasil e que podem oferecer modelos de negócios, para causar disrupção e impacto positivo na sociedade.

Para o lado da IBM, a dWallet está dentro do pacote de nuvem híbrida desenvolvido pela empresa centenária. Ela também tem em mãos o IBM Cloud Pack for Data, que utiliza inteligência artificial para organizar melhor os dados trabalhados e assim também melhorar a governança deles.

Segundo Teles, os dados que podem ser armazenados dentro da dWallet incluem até saúde, alimentação e dieta. Uma empresa pode ter interesse no exame de sangue, dieta alimentar e atividades físicas feitas pelo usuário. Ela envia um alerta para a carteira digital da DrumWave e o dono das informações decide se aceita ou não a proposta de recompensa.

“Pode ser um pagamento, um desconto ou até mesmo um investimento. Imagine que essa empresa está desenvolvendo um novo tipo de alimento e a marca precisa de dados sobre

os usuários. Quando ele for ao mercado, ele recebe uma parte do resultado”, comenta Teles.

O uso dos dados é feito por proposta, que envolve um propósito, um tempo e um pacote de informações. Após aquele contrato, a transação e o valor são finalizados e outra empresa (ou a mesma empresa) precisa realizar outro projeto.

Todo o tráfego de dados com a dWallet roda na nuvem da IBM e a empresa garante a segurança das informações. Para garantir a privacidade, mesmo que em servidores da IBM, apenas a DrumWave tem acesso ao que passa por lá – com ajuda de um token para “abrir” a informação.

O IBM Watson Knowledge Catalog é utilizado para mapear e catalogar todos os certificados. Já o IBM Cloud Pack for Data está envolvido para garantir o tempo de vida da informação. Em outras palavras: o usuário pode colocar um vencimento para seus dados pessoais – como número de um cartão, ou mesmo o histórico médico.

Fernando Teles acredita que em pouco tempo as próprias pessoas vão começar a buscar suas informações pessoais dentro das empresas, para poder inserir dentro da carteira digital. “As pessoas vão começar a fazer isso por privacidade, por entender que tem valor e por controle sobre seus dados”, diz o executivo.