Operação foi uma surpresa e envolveu 215 militares ucranianos, incluindo comandantes da defesa da usina siderúrgica Azovstal, e 55 russos
Rússia e Ucrânia fizeram a maior troca de prisioneiro desde o começo do conflito no Leste Europeu. Ao todo 215 militares ucranianos e 55 russos estavam envolvidos na operação realiza nesta quinta-feira, 22. “Todos os militares chegaram ao território da Federação da Rússia em aviões militares e foram levados para estabelecimentos médicos do ministério”, afirma um comunicado do governo. Um ex-deputado ucraniano, Viktor Medvedchuk, próximo do presidente russo, Vladimir Putin, foi liberado na troca de prisioneiros entre Kiev e Moscou. Ele tinha sido detido em meados de abril pelo serviço especial ucraniano acusado de alta traição. Os militares russos envolvidos na troca “conseguiram entrar em contato com seus parentes”, afirmou o ministério russo, antes de indicar que os libertados recebem a “assistência psicológica e médica necessária”. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky celebrou os comandantes libertados e os saudou como “super-heróis”. “Cinco super-heróis foram trocados por 55 daqueles que não merecem nem compaixão nem piedade”, disse Zelenskiy em um discurso noturno que saudou a libertação mais ampla como “uma vitória para o país”.
Sob os termos do acordo, que a Turquia ajudou a intermediar a troca. Dez estrangeiros também foram libertados após a mediação do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, que mantém laços estreitos com o presidente russo, Putin. O momento e o tamanho da troca foram uma surpresa, pois o clima entre os dois países segue quente, principalmente depois do líder russo anunciar uma mobilização parcial de tropas na Rússia em uma aparente escalada do conflito que começou em fevereiro. O exército russo também voltou a acusar o governo ucraniano de “continuar com suas provocações para criar uma ameaça de catástrofe na central nuclear de Zaporizhzhia”, a maior da Europa. “Na quarta-feira, a artilharia ucraniana disparou 13 obuses contra a cidade de Energodar (onde fica a central) e o terreno anexo à usina nuclear de Zaporizhzhia”, afirmou o ministério russo da Defesa no comunicado. De acordo com o ministério, “a situação radiológica” no local é “normal”. Rússia e Ucrânia trocam acusações há vários meses sobre ataques à central de Zaporizhzhia e seus arredores.
*Com informações da AFP e Reuters
Fonte: Jovem Pan News
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