A tendência de aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre crianças e adolescentes, iniciada em julho na maioria dos estados, dá sinais de interrupção e queda na maior parte do País, segundo análise da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Os dados abrangem até 17 de setembro e fazem parte do boletim InfoGripe, divulgado nesta quarta-feira (21).

Apesar disso, o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do boletim, alerta que há aumento recente de casos associados ao Influenza A H3N2 na capital paulista. O vírus é o mesmo que causou o surto de gripe fora de época no ano passado. “Por isso, não podemos esquecer da vacina para ter a melhor proteção possível”, recomenda Gomes.

De modo geral, os casos de síndrome respiratória mantiveram tendência de queda com o acréscimo dos dados da semana de 11 a 17 de setembro à análise dos pesquisadores. 

Entre as 27 unidades federativas, apenas o Amapá apresenta crescimento da síndrome respiratória na avaliação das últimas seis semanas. Quando a análise se concentra nas capitais, Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP) e plano piloto e arredores de Brasília (DF) são as cidades em que há movimento de alta. 

Apesar disso, a Fiocruz considera que tanto a situação do estado quanto a das capitais é compatível com oscilação em torno de patamar estável. 

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, os casos de síndrome respiratória com resultado positivo para vírus respiratórios tiveram prevalência de 9,7% para influenza A, 0,8% para influenza B, 8,6% para vírus sincicial respiratório (VSR), e 55,8% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Já entre os óbitos por SRAG com confirmação laboratorial de vírus respiratório, a presença do SARS-CoV-2 é ainda mais destacada, com 90,3% de prevalência.

Via Agência Brasil

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