Os enormes e belos ciclones presentes nos polos de Júpiter vêm intrigando cientistas. O fenômeno foi descoberto pela sonda Juno em 2017 e desde então se mantém estranhamente estável e geométrico. A principal dúvida dos astrônomos é como essas tempestades continuam dessa forma depois de tanto tempo.

Depois de anos de análises, um grupo do  Instituto de Tecnologia da Califórnia pode ter chegado a uma resposta. No pólo norte de Júpiter, há um enorme furacão cercado por oito tornados menores que parecem orbitar em torno dele. A estrutura, mantém semelhanças com um fenômeno de tempestades hexagonais encontrado na Antártida.

De acordo com a pesquisa, o sistema consiste em um “loop anti-remoinho”, que se mantém ativo graças à relação entre o ciclone gigante e os que estão ao seu redor. Esses pequenos redemoinhos que orbitam o furação podem ajudar a manter sua forma poligonal perfeita, mas ainda não está claro como isso acontece.

Ciclone de Júpiter

“Desde 2017, a sonda Juno observa um ciclone no pólo norte de Júpiter cercado por oito ciclones menores dispostos em um padrão poligonal”, explica um trecho do estudo. “Não está claro por que essa formação é estável ou como mantê-la.”

“Os polígonos e vórtices individuais que os compõem estão estáveis ​​há 4 anos desde que Juno os descobriu”, completaram os pesquisadores. “Padrões poligonais giram lentamente ou não giram.”

Agora, os cientistas dizem que mais estudos são necessários para desvendar a natureza conflitante dos ciclones de Júpiter. “A natureza está revelando uma nova física sobre movimentos de fluidos e como as atmosferas de planetas gigantes funcionam. Estamos começando a entender isso por meio de observações e simulações de computador. Futuros sobrevoos de Juno nos ajudarão a melhorar nossa compreensão, revelando como os furacões se desenvolvem ao longo do tempo.”