Três instrumentos já estão dispostos para acompanhar a missão Double Asteroid Redirection Test (DART), da NASA, que visa redirecionar a órbita do asteroide Dimorphos, do sistema binário e Didymos e Dimorphos, previsto para acontecer na próxima segunda-feira (23). Quem quiser ver o evento, poderá acompanhá-lo no site da NASA, que fará uma transmissão ao vivo da colisão.
A missão DART foi projetada para testar uma técnica de defesa planetária que poderia ser usada caso um grande asteroide fosse detectado em rota de colisão com a Terra. Além do cubesat, que irá documentar a colisão, três outros dispositivos estarão atentos ao acontecimento: os telescópios espaciais James Webb, Hubble e Lucy.
Durante uma coletiva de imprensa, a cientista planetária da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, e líder de coordenação do DART, Nancy Chabot, declarou que “esta é uma oportunidade única e um momento único para aproveitar todos os recursos possíveis para maximizar o que aprendemos”.
A partir do DART, os cientistas querem observar como um evento de impacto conhecido pode auxiliar em futuras missões de defesa planetária. Cabe destacar, que nem Didymos nem Dimorphos representam uma ameaça para a Terra, e essa situação não se alterará após a colisão.
A expectativa dos integrantes da missão é de que as imagens do local de impacto estejam disponíveis em apenas três minutos após o lançamento. O responsável pela transmissão será o pequeno cubesat, LICIA Cube, que o DART implantou no início deste mês.
Ainda não se sabe qual será a qualidade das imagens da missão
Ainda não se sabe muito a respeito da qualidade e do tipo de imagem que os telescópios adjacentes conseguirão captar, uma vez que eles não foram construídos para observar esse tipo de evento. O Dimorphos está muito mais próximo e se move muito mais rápido do que as galáxias que James Webb foi projetado para capturar.
Durante a coletiva de empresa realizada na última quinta-feira (22), o cientista do programa DART, Tom Statler, declarou que o JWST enfrenta um segundo desafio, que é que o telescópio tem que verificar regularmente as estrelas-guia e reajustar, o que resulta em um certo atraso no início das observações da colisão.
O telescópio Hubble tem suas próprias restrições, já que estará do lado “errado” da Terra no momento do impacto. Ele começará as observações cerca de 15 minutos após o impacto. Entretanto, essa situação já era prevista pelos astronômos.
Alguns instrumentos da missão Lucy foram designados para observar o impacto. Lucy foi lançada para estudar o cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Porém, enquanto Lucy ainda está perto da Terra, ela pode ser capaz de capturar o impacto.
Para definir se a missão foi um sucesso ou não, os envolvidos no projeto precisam medir apenas a mudança na órbita de Dimorphos. Uma outra meta para os cientistas, a partir dessa observação, é compreender as inúmeras outras características da Lua, incluindo sua rotação e estrutura.
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Fonte: Olhar Digital
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