Autoridades de saúde de Uganda, na África, declararam um novo surto por Ebola no país, que registrava seis casos e um óbito até terça-feira (20) – o primeiro desde 2019, quando ocorreu o último surto do vírus. Nesta sexta-feira (23), no entanto, mais três mortes foram confirmadas, alertando o Ministério da Saúde da região.
“Nas últimas 24 horas, três novas mortes foram registradas”, disse a pasta em comunicado. Segundo informações da AFP, todos os mortos foram registados no distrito de Mubende, a cerca de 150 quilômetros da capital, Kampala, que também vive uma “epidemia” do patógeno.
“Nossos especialistas já estão trabalhando com a experiente equipe de controle do ebola em Uganda para fortalecer a vigilância, diagnóstico, tratamento e medidas preventivas”, disse o diretor regional de emergências do escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na África, Abdou Salam Gueye.
O órgão acrescentou que “foram identificados 43 contatos, e 10 pessoas suspeitas de terem contraído o vírus” e todas estão “recebendo tratamento no hospital regional de Mubende”. A OMS explicou que a cepa que circula é conhecida como “cepa do Sudão”, que não era vista em Uganda há uma década, mas já havia sido reportada na província congolesa de Kivu do Norte em agosto; a região faz fronteira com Uganda e Ruanda.
O que é Ebola?
Desde sua descoberta, em 1976, o ebola já matou milhares de pessoas na África. O primeiro caso foi relatado na República Democrática do Congo (RDC), país vizinho de Uganda – que inclusive estava em surto em abril deste ano – desde então as regiões sofrem surtos periodicamente. O último registrado em Uganda foi em 2019; cinco pessoas morrem na época.
Conhecida antigamente como Febre Hemorrágica Ebola, a doença é grave e algumas cepas chegam a ter uma taxa de mortalidade de 90%. A condição pode provocar doenças em humanos e em primatas não-humanos (macacos, gorilas e chimpanzés) sendo transmitida por contato com secreção, fluído ou tecido de uma pessoa infectada. A contaminação também ocorre de um animal infectado para humanos.
Entre os principais sintomas da doença estão: febre, dor de cabeça, diarreia, vômito, dor abdominal, dor nas articulações, dificuldade para engolir alimentos e tomar água, perda de apetite, falta de ar e cansaço.
Pacientes já em estado hemorrágico podem apresentar constantes sangramentos na mucosa da boca, nariz e gengiva. O sangue também pode ser encontrado na urina, fezes e vômito do paciente. A doença não possui cura, embora exista vacina e tratamentos que podem evitar o agravamento da infecção.
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Fonte: Olhar Digital
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