Sábado, Dezembro 6, 2025
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Surto de Ebola: Uganda registra quatro mortes em menos de uma semana 

OMS declara fim da segunda epidemia de Ebola na Guiné

Autoridades de saúde de Uganda, na África, declararam um novo surto por Ebola no país, que registrava seis casos e um óbito até terça-feira (20) – o primeiro desde 2019, quando ocorreu o último surto do vírus. Nesta sexta-feira (23), no entanto, mais três mortes foram confirmadas, alertando o Ministério da Saúde da região. 

“Nas últimas 24 horas, três novas mortes foram registradas”, disse a pasta em comunicado. Segundo informações da AFP, todos os mortos foram registados no distrito de Mubende, a cerca de 150 quilômetros da capital, Kampala, que também vive uma “epidemia” do patógeno. 

Imagem: MemoryMan – Shutterstock

“Nossos especialistas já estão trabalhando com a experiente equipe de controle do ebola em Uganda para fortalecer a vigilância, diagnóstico, tratamento e medidas preventivas”, disse o diretor regional de emergências do escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na África, Abdou Salam Gueye. 

O órgão acrescentou que “foram identificados 43 contatos, e 10 pessoas suspeitas de terem contraído o vírus” e todas estão “recebendo tratamento no hospital regional de Mubende”. A OMS explicou que a cepa que circula é conhecida como “cepa do Sudão”, que não era vista em Uganda há uma década, mas já havia sido reportada na província congolesa de Kivu do Norte em agosto; a região faz fronteira com Uganda e Ruanda. 

O que é Ebola? 

Desde sua descoberta, em 1976, o ebola já matou milhares de pessoas na África. O primeiro caso foi relatado na República Democrática do Congo (RDC), país vizinho de Uganda – que inclusive estava em surto em abril deste ano – desde então as regiões sofrem surtos periodicamente. O último registrado em Uganda foi em 2019; cinco pessoas morrem na época. 

Conhecida antigamente como Febre Hemorrágica Ebola, a doença é grave e algumas cepas chegam a ter uma taxa de mortalidade de 90%. A condição pode provocar doenças em humanos e em primatas não-humanos (macacos, gorilas e chimpanzés) sendo transmitida por contato com secreção, fluído ou tecido de uma pessoa infectada. A contaminação também ocorre de um animal infectado para humanos. 

Entre os principais sintomas da doença estão: febre, dor de cabeça, diarreia, vômito, dor abdominal, dor nas articulações, dificuldade para engolir alimentos e tomar água, perda de apetite, falta de ar e cansaço.

Pacientes já em estado hemorrágico podem apresentar constantes sangramentos na mucosa da boca, nariz e gengiva. O sangue também pode ser encontrado na urina, fezes e vômito do paciente. A doença não possui cura, embora exista vacina e tratamentos que podem evitar o agravamento da infecção. 

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Fonte: Olhar Digital

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