A principal atualização de privacidade da Apple para o iOS no ano passado tornou mais difícil para aplicativos de empresas, como a Meta, rastrearem o comportamento do usuário além de suas próprias “fronteiras”.
Porém, um processo movido por usuários da rede social alega que a Meta, controladora do Facebook e do Instagram, continuou bisbilhotando por meio de solução alternativa.
A queixa, apresentada no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia, alega que a Meta evitou as novas restrições da Apple ao monitorar os usuários por meio do navegador do aplicativo do Facebook, que abre links dentro do aplicativo.
A ação coletiva proposta, relatada pela Bloomberg, pode permitir que qualquer pessoa afetada se inscreva, o que no caso do Facebook pode significar centenas de milhões de usuários dos EUA.
No processo, dois usuários do Facebook alegam que o Meta não está apenas violando as políticas da Apple, mas violando as leis de privacidade nos níveis estadual e federal, incluindo o Wiretap Act, que tornou ilegal a interceptação de comunicações eletrônicas sem consentimento. Outra queixa semelhante foi apresentada na semana passada.
Os queixosos alegam que o Meta segue a atividade online dos usuários, canalizando-os para o navegador da web embutido no Facebook e injetando JavaScript nos sites que eles visitam. Esse código possibilita que a empresa monitore “cada interação com sites externos”, incluindo onde clicam e quais senhas e outros textos digitam.
Em um comunicado enviado por e-mail ao portal TechCrunch, um porta-voz da Meta disse que as alegações eram “sem mérito” e que a empresa se defenderia “vigorosamente”.
“Projetamos cuidadosamente nosso navegador no aplicativo para respeitar as escolhas de privacidade dos usuários, incluindo como os dados podem ser usados para anúncios”, disse o porta-voz.
A mudança na privacidade do iOS
A Apple lançou o iOS 14.5 em abril do ano passado, dando grande golpe em empresas de mídia social como a Meta, que dependiam do rastreamento do comportamento dos usuários para fins publicitários.
A empresa citou as mudanças no iOS especificamente em suas chamadas de ganhos, pois preparou os investidores para se ajustarem ao “novo normal” para seus negócios de segmentação de anúncios, descrevendo as mudanças de privacidade da Apple como um “vento contrário” que precisaria superar.
Infelizmente, o iOS não permite que o usuário configure o aplicativo para abrir links em navegadores externos.
Com informações de TechCrunch
Imagem destacada: Diego Thomazini/Shutterstock
Fonte: Olhar Digital
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