Aparentemente a companhia aérea alemã Lufthansa resolveu proibir a entrada de malas com AirTags da Apple, mas parece que a história não é bem essa. A confusão foi criada com uma resposta da empresa em sua conta no Twitter, dando a entender que a presença deste rastreador para quem tem iPhone não é aceita em seus aviões.
A Apple criou as AirTags como rastreadores para funcionar em praticamente qualquer lugar, entregando a localização exata do produto carregando ela. Funciona assim: assim que algum iPhone ou iPad passar por perto, o gadget envia um sinal e pega carona na internet deste usuário para chegar até o dono do dispositivo.
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Um dos usos mais interessantes é justamente o de rastrear bagagens despachadas nos aviões, principalmente para identificar onde elas estão, quando não chegam com o viajante após o voo. Mala perdida infelizmente não é uma raridade e parece que a Lufthansa não curte o uso destes rastreadores.
Tudo começou quando um usuário do Twitter chamado David Thomas marcou a companhia em uma publicação, falando sobre uma suposta proibição da presença das AirTags na bagagem despachada. No mesmo dia a Lufthansa respondeu dizendo: “Olá David, a Lufthansa está banindo AirTags ativadas da bagagem, pois são classificadas como perigosas e precisam ser desligadas”.
Lufthansa pode ter adiantado nova regra
A confusão já estava instalada e a companhia continuou respondendo comentários relacionados com a mesma publicação, reforçando que as AirTags fazem parte de uma lista da ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional) com produtos perigosos, que podem estar sujeitos a regulação e precisam estar desligadas quando despachadas em seus aviões.
A revista Airways Magazine entrou em contato com a Lufthansa, que negou a prática nos aeroportos onde atua. Segundo a publicação, a companhia “não proibiu as AirTags e não existe uma regra ou regulamentação feita pela Lufthansa para banir este produto”, mas reforçou a presença deles na lista da ICAO.
De fato, existe uma lista da ICAO com recomendações sobre como transportar eletrônicos com suas baterias, principalmente para aqueles com transmissão de dados. A organização diz que eles podem seguir na bagagem despachada, mas desligados — isso vale desde uma pequenina AirTag, até smartphones, tablets, notebooks e dispositivos maiores.
Em outras palavras: a companhia aérea pode resolver banir algum produto específico, como fez com o Galaxy Note 7, lembra? Aparentemente a Lufthansa está pensando neste sentido, mas a equipe responsável pela comunicação no Twitter se apressou na resposta.
AirTags podem não ser banidas, mas também podem
Isso seria possível apenas para bateria de lítio, o que não engloba as AirTags. Elas utilizam uma pequenina CR2032, comum do mercado e que pode não ter este componente em sua composição, a depender da fabricante — a Sony e Duracell usam lítio, enquanto a Panasonic conta com versões sem ele.
De fábrica, a Apple escolheu a Panasonic como sua fornecedora e ela pode não ter o lítio como composto para garantir a energia. Como a bateria pode ser substituída pelo usuário, ele pode colocar uma diferente e que entrega o material proibido pela ICAO.
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Fonte: Olhar Digital
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