Boa parte dos asteroides registrados no banco de dados do Minor Planet Center (MPC), que orbitam próximos da Terra, pertencem à classe de potencialmente perigosos para o planeta. Detectar esses objetos não é simples e exige uma série de cálculos e técnicas. No entanto, o uso de uma ferramenta pode tornar esse processo um pouco mais simples: o topógrafo.
Diante deste cenário, um artigo publicado no Space: Science and Technology, discute a respeito da defesa da Terra e do monitoramento e alerta antecipado desses objetos, através de topógrafos. O pesquisador da Escola de Engenharia Aeroespacial do Instituto de Tecnologia de Pequim, propôs esse novo conceito de constelação de vigilância de topógrafos heterogêneos de asteroides próximos à Terra (CROWN). Esse sistema contará com seis topógrafos baseados no Espaço, em órbitas semelhantes a Vênus, que vão detectar objetos cósmicos caminhando e direção à luz solar.
Inicialmente, o autor discutiu o conceito e o desenho geral da constelação de vigilância do NEA. A constelação de vigilância continha uma nave-mãe e seis topógrafos (telescópios ópticos baseados no Espaço). A nave-mãe correspondia ao fornecimento da manobrabilidade necessária para transferência e implantação.
Além da implantação dos topógrafos, foram apresentados os métodos e aspectos para avaliar o desempenho da missão CROWN, na defesa espacial. Ela é a principal responsável pela observação e orientação desses asteroides, é através da CROWN que acontece a detecção e aviso precoce, bem como a determinação de rastreamento e órbita do alvo (OD).
Além disso, a missão global CROWN, apresentou quatro etapas. Em primeiro lugar, houve a combinação da nave-mãe e da filha, que se aproximaram de Vênus. Em segundo lugar, a combinação adentrou a órbita entre Sol e Vênus através do coletor estável.
Topógrafos podem auxiliar na defesa planetária
Em seguida, a nave-mãe de vigilância liberou os agrimensores da filha que foram destinados ao local desejado. Depois de liberar todos os topógrafos, a nave-mãe permaneceu na órbita entre Sol-Vênus para comunicação de revezamento. Na etapa final, foi formada uma constelação quase hexágona, e a detecção foi realizada.
Um total de 2.072 asteroides perigosos próximos da Terra entre 13.916 asteroides próximos da Terra foram considerados. Nesse modelo, o autor assumiu que a missão começou em janeiro de 2031 e durou cinco anos.
Além da detecção -ou aviso prévio-, a constelação de vigilância proposta também poderá ser aplicada para rastrear e determinar as órbitas dos asteroides perigosos porque os telescópios podem fornecer informações de linha de visão. Os resultados obtidos foram bem precisos e podem ser de grande ajuda na defesa espacial.
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Fonte: Olhar Digital
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