Comandante russo, Serguei Surovikin, falou que ‘há certos problemas com o abastecimento de água e energia elétrica’ e afirmou que as forças ucranianas estão condenando os civis à morte
A Rússia admitiu pela primeira vez, na terça-feira, 18, que suas tropas enfrentam uma situação tensa na Ucrânia devido à contraofensiva das forças ucranianas que ocasionou reveses para suas tropas no leste e no sul do país. “A situação na zona da operação militar especial pode ser descrita como tensa. O inimigo não desiste de suas tentativas de atacar as posições das forças russas”, declarou o general Serguei Surovikin, há dez dias no posto de comandante das operações na Ucrânia, à televisão pública Rossia 24. Ele foi escolhido por Putin após vários fiascos que levaram o Exército russo a se retirar de parte da área que ocupava no sul da Ucrânia desde o final de agosto. Desde o começo de setembro, as tropas de Volodymyr Zelensky tem conseguido vitórias na guerra e já recuperou aproximadamente 2.500 km de território e e se aproximaram de Kherson, a principal cidade da região homônimo, e que foi anexada por Vladimir Putin do dia 30 de setembro. “A situação é complicada. O inimigo está lançando intencionalmente ataques a infraestruturas e edifícios residenciais em Kherson”, disse Surovikin à imprensa russa, acrescentando que o Exército ucraniano está preparando ataques maciços à capital regional, ameaçando destruir a infraestrutura industrial e causar pesadas baixas entre sua população.
De acordo com ele, a Otan vem exigindo de Kiev “operações ofensivas em Kherson sem poupar vítimas, seja entre o Exército ucraniano ou civis”. “As autoridades ucranianas estão praticamente as condenando à morte”, afirmou Surovikin, ressaltando que de 600 a mil combatentes são mortos ou feridos todos os dias. Surovikin indicou que as tropas russas estão preparando a retirada dos habitantes dessa cidade, alegando que os bombardeios ucranianos de infraestruturas civis “criam uma ameaça direta”. As autoridades da ocupação russa pretendem retirar entre 50 mil e 60 mil pessoas diante da contraofensiva de Kiev. “É difícil trazer alimentos para a cidade, e há certos problemas com o abastecimento de água e energia elétrica. Tudo isso não só dificulta a vida cotidiana de seus habitantes, mas cria uma ameaça direta a suas vidas”, enfatizou. Surovikin caracterizou a situação no campo de batalha como “tensa” e disse que a Rússia está tentando expandir a força das unidades militares e o número de reservistas ao longo da linha de frente.
*Com informações da AFP e EFE
Fonte: Jovem Pan News
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