Os provedores de nuvem têm crescido exponencialmente por optarem pela automatização da infraestrutura e investimento em soluções mais robustas com a finalidade de acelerar a transformação digital. De acordo com o Gartner, o orçamento em computação em nuvem deve representar 14,2% do mercado global de tecnologia da informação até 2024. Ao mesmo tempo, 10% das empresas já desativaram seus data centers físicos.

Nesse cenário, a migração de dados tornou-se uma tendência para as empresas que estão optando por soluções integráveis e que desejam acrescentar mais valor à operação, pois a movimentação das informações digitais para nuvem vai além de uma simples promoção na capacidade de processamento e armazenamento, permitindo implementar uma plataforma inteligente de dados e alavancar novas capacidades, como Machine Learning, BI e BW em tempo real.

As organizações podem optar por fazer a migração de sua infraestrutura no formato IaaS (infraestrutura as a service), na modalidade lift and shift, ou seja, promovendo uma migração de banco de dados sem nenhuma alteração nessa carga de trabalho. Este método é de rápida execução e aprimora o desempenho do negócio por eliminar os servidores físicos e seu gerenciamento.

Por outro lado, há quem busque migrar os dados de forma modernizada para a nuvem. Para isso, o banco de dados é utilizado no formato PaaS (plataforma as a service) que engloba os benefícios da IaaS,  o desenvolvimento e administração das aplicações em nuvem com alta escalabilidade, sistema de gerenciamento de dados, aperfeiçoamento de aplicativos e serviço de BI (Business Intelligence).

Apagamento de dados
Muitos dados. Créditos: Gorodenkoff/Shutterstock

Por fim, o modelo mais completo e sofisticado é o SaaS (software as a service) que oferece todas as funcionalidades que IaaS e PaaS e ainda adiciona a hospedagem de aplicativos, como o Microsoft 365, possibilitando aos usuários usar aplicativos baseados em nuvem. Essa função elimina a atualização de middleware, software e hardware que passam a ser executados pelo provedor do serviço.

Entretanto, para que um projeto de migração de dados alcance o sucesso esperado, é necessário passar por três fases, sendo a primeira delas o planejamento. Esta etapa é importante para analisar como a empresa se comportaria frente a transformação, além do mapeamento de dados. Na segunda fase ocorre a execução e monitoramento da transferência de dados – e por fim, a validação que requer análise minuciosa a fim de diagnosticar se os dados foram transferidos com exatidão.

As migrações de dados serão sempre diferentes de um negócio para outro, pois depende da qualidade e a quantidade de dados a serem transferidos – migração por etapas ou de uma vez só – ação que determina o tempo de conclusão. Abaixo temos alguns motivos que levam as empresas a migrarem os dados e a avançar na dinâmica de trabalho

Segurança

Estar na nuvem significa uma proteção maior aos dados, uma vez que os tradicionais data centers necessitam de manutenção e modernização constante de diversas soluções de segurança, além do gerenciamento centralizado dos dados.

Baixo custo

A migração dos dados resulta em ganho econômico expressivo ao diminuir os custos operacionais com hospedagem dos dados em data centers e de energia. Um estudo da Carbon Disclosure Project (CDP) revelou que as empresas norte-americanas que usaram serviços de cloud computing alcançaram uma economia de energia anual combinada de US $ 12,3 bilhões.

Escalabilidade

Esta funcionalidade facilita atualizações ou substituições de software e hardware com objetivo de habilitar novas funcionalidades, acompanhando assim os avanços tecnológicos do mercado.

Benefícios de backup da informação

Realizar backup de fácil configuração e controle, o que aumenta a segurança contra ameaças digitais e permite que a organização se recupere de eventuais crises.

Portanto, a migração de dados e sua modernização estão atreladas a inúmeros benefícios, principalmente o fácil acesso aos dados para a tomada de decisão e inteligência de negócio, ou até mesmo a correção pontual de problemas. Mas para extrair o melhor desse processo é preciso explorar as opções fornecidas para migração e seguir todas as etapas do processo de implementação.

José Carlos Magno é CTO da 4MSTech