Nesta quarta-feira (26), foi emitido uma alerta pelos EUA, Japão e Coreia do Sul a respeito de um possível sétimo teste de bomba nuclear a ser feito pela Coreia do Norte. Os países declararam que, caso o teste aconteça, a resposta será “incomparável”.
Durante uma coletiva de imprensa em Tóquio, o primeiro vice-ministro das relações exteriores sul-coreano, Cho Hyun-dong, disse que todos os aliados de Washington concordam com uma “escala de resposta sem precedentes” para barrar as intenções do país governado por Kim Jong-Un.
No entanto, poucos detalhes foram apresentados sobre quais seriam as medidas adotadas. A vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, pediu para que a Coreia do Norte “se abstenha de novas provocações”, uma vez que elas são “imprudentes e profundamente desestabilizadoras para a região”.
Além disso, a secretária alega que “tudo o que acontece aqui, como um teste nuclear norte-coreano, tem implicações para a segurança do mundo inteiro”. Ela ainda chama atenção do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para que a entidade compreenda que “qualquer uso de arma nuclear mudará o mundo de maneiras incríveis”.
Ao ser questionado a respeito dos comentários, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, pediu a todos os países que reconheçam “as causas básicas do impasse de longa data” e tomem medidas para aumentar a confiança mútua e resolver as preocupações de todas as partes de forma equilibrada.
Colaboração entre EUA, Coreia do Sul e Japão
O vice-ministro das relações exteriores, Takeo Mori, disse que os três países (EUA, Coreia do Sul e Japão) vão colaborar entre si para “fortalecer ainda mais a capacidade de dissuasão e resposta do Japão-EUA”. A Coreia do Norte tem realizado testes de armas em um ritmo sem precedentes em 2022. Mais de 24 mísseis balísticos já foram disparados, incluindo um que sobrevoou o Japão.
Kim Jong-Un ficou irritado com as atividades militares da Coreia do Sul e, por isso, disparou na semana passada centenas de projéteis de artilharia no que chamou de um “grave aviso ao seu vizinho do sul”.
Os ânimos entre os países estão acirrados. Em setembro, navios norte-americanos realizaram exercícios militares conjuntos com as forças sul-coreanas em resposta a um teste de mísseis balísticos norte-coreanos. Esse foi o primeiro treinamento militar conjunto envolvendo um porta-aviões dos EUA desde 2017.
Conflito entre China e Taiwan
Sherman reiterou a posição dos EUA de que não apoia a independência de Taiwan, porém isso não impede o país de cooperar com o Japão e com a Coreia do Sul na proteção da ilha. “Os EUA têm repetido publicamente que não apoiamos a independência de Taiwan, mas queremos garantir que haja paz, e por isso faremos o que pudermos para apoiar Taiwan e trabalhar com o Japão e com a República da Coreia para garantir que Taiwan possa se defender”, disse a secretária norte-americana.
Durante uma reunião do Partido Comunista Chinês, o presidente chinês Xi Jinping solicitou uma aceleração nos planos da China de construir um exército de classe mundial. Além disso, o governante alegou que seu país nunca renunciaria ao direito de usar a força para resolver a questão de Taiwan.
A China reivindica democraticamente Taiwan como seu próprio território, enquanto o governo taiwanês se opõe fortemente às reivindicações de soberania da China e diz que apenas os 23 milhões de habitantes da ilha podem decidir seu futuro.
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Fonte: Olhar Digital
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