Na última quarta-feira (26), a United Microelectronics (UMC), uma fabricante de chips taiwanesa, informou que está cortando quase 20% dos gastos planejados para este ano. A justificativa? A enorme queda da demanda do consumidor, e sem sinais de recuperação.
A UMC possui clientes famosos, como a norte-americana Qualcomm e a alemã Infineon, o que acabou beneficiando a companhia mesmo com a grande escassez global de semicondutores que manteve as carteiras de pedidos dos fabricantes de chips cheias nos últimos dois anos, devido a pandemia da Covid-19.
Entretanto, a procura caiu bruscamente nos últimos meses, uma vez que com a inflação em alta, o aumento das taxas de juros e uma perspectiva econômica sombria levaram os consumidores e as empresas a cortar seus gastos.
“Ao entrar no quarto trimestre, esperamos enfrentar ventos contrários em meio à fragilidade da demanda, impactada por fatores como o ambiente inflacionário e a guerra na Ucrânia”, disse o co-presidente da UMC, Jason Wang, em teleconferência.
A empresa observou uma queda acentuada na procura por smartphones e computadores pessoais, em uma tendência que se prolongará no primeiro semestre do próximo ano, afirmou Wang, acrescentando que o declínio é muito significativa.
“Não há nenhum sinal tangível de recuperação no curto prazo”, ressaltou ele.
Além disso, de acordo com Chitung Liu, chefe financeiro da UMC, em 20022, a United Microelectronics revisou os gastos de capital para US$ 3 bilhões, em comparação com um plano anterior de US$ 3,6 bilhões.
China está preocupada com restrições dos EUA no comércio de chips
Com as novas regras de comércio de chips e semicondutores impostas pelo governo norte-americano, as organizações chinesas têm se mostrado preocupadas com as consequências dessa decisão restritiva.
Na semana passada, o governo Joe Biden aprovou um conjunto de restrições à exportação para dificultar o fornecimento de equipamentos à China, que atualmente lidera na produção de semicondutores.
Leia mais em Olhar Digital
Fonte: Olhar Digital
Comentários