Tensão sem fim: Vasco sofre, perde para Sampaio e mantém drama pelo acesso

O drama vascaíno para garantir um lugar na primeira divisão parece não ter um ponto final. Na noite desta quinta-feira, num São Januário lotado, uma vitória simples bastava para o Cruz-Maltino sacramentar o acesso, mas não foi o que aconteceu.

Com a bola rolando, o Gigante da Colina até saiu na frente, mas o Sampaio Corrêa foi eficiente, explorou a ansiedade do adversário e, com direito a muita emoção e cenário improvável nos minutos finais, buscou a vitória no apagar das luzes: 3 a 2.

Com a derrota para o Paio (a primeira como mandante na história do confronto), o time comandado por Jorginho permanece com 59 pontos, na terceira posição, e vai precisar torcer por tropeços de Ituano, que visita o Londrina, e Sport, que recebe o Operário, ambos nesta sexta-feira, para, enfim, comemorar a promoção para elite.

Sampaio não facilita

O cenário parecia perfeito para o Vasco. Com São Januário lotado, o Cruz-Maltino se lançou para o ataque e abriu o placar logo aos quatro minutos. Após bola levantada por Figueiredo, Anderson Conceição apareceu na segunda trave e testou para o fundo das redes.

Embalado pelo gol marcado, o Gigante da Colina manteve a pressão e chegou a criar chances para marcar o segundo. Até que aos 18, uma jogada isolada de Pará transformou a festa vascaína em aflição.

O lateral-esquerdo do Sampaio disparou com liberdade pelo meio, se aproximou da área e, de perna canhota, soltou uma bomba. A bola pegou efeito e saiu do alcance do goleiro Thiago Rodrigues: 1 a 1.

Apesar da frustração de ter sofrido o empate, o time comandado por Jorginho não baixou a guarda e seguiu propondo o jogo. Nenê teve duas chances, Eguinaldo também tentou, mas o duelo foi para o intervalo com o placar igual.

Ansioso, Vasco sofre duro golpe no fim

Na volta do intervalo, o Vasco emplacou nova pressão para cima do Sampaio e incendiou a Colina Histórica. Nos primeiros minutos, Eguinaldo apareceu duas vezes com espaço, mas não caprichou nas finalizações.

Pouco depois, Nenê recebeu pela esquerda, abriu espaço e cruzou na medida para Marlon Gomes, que ganhou no alto de Pará e testou no cantinho, tirando tinta na trave. Sem conseguir fazer a bola entrar, o Cruz-Maltino voltou a sofrer com a ansiedade.

Atrapalhado pela precipitação de matar o jogo, o time da casa recebeu um duro castigo. Aos 22, na primeira descida da Bolívia Querida na etapa complementar, Catatau recebeu por elevação e tentou colocado na saída de Thiago Rodrigues. O goleiro vascaíno deu rebote, e a bola se ofereceu para Gabriel Poveda, que, livre, estufou as redes de São Januário.

O gol maranhense deu início a uma nova saga. Com o coração na ponta da chuteira, o Vasco foi para o tudo ou nada e, na base do abafa, arrancou o empate nos acréscimos. Aos 51, depois de muito pressionar, Edimar cruzou da esquerda e encontrou Andrey Santos, que subiu bonito e testou no contrapé do goleiro. Tudo igual.

E pasme… não acabou aí. O empate, que, devidas as circunstâncias, seria um bom resultado para o Vasco, não se concretizou. Valente, a Bolívia Querida arriscou um último ataque e foi premiado (para desespero dos vascaínos). No último lance da partida, Joécio aproveitou cruzamento despretensioso da direita, se projetou na segunda trave e cabeceou firme, dando números finais à partida: 3 a 2.

Fonte: Ogol

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