Quarta-feira, Novembro 13, 2024
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Corpo de Bombeiros solicita que protocolo de atendimento aos autistas seja usado em nível nacional

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O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul enviou um ofício ao Ministério da Justiça solicitando que o protocolo de atendimento aos autistas, em caso de ocorrências de salvamentos, acidentes e até incêndios, seja utilizado pelas forças de segurança em nível nacional.

Esta foi uma das ações firmadas após o 1° Seminário Atendimento Integrado à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que ocorreu durante dois dias, no auditório da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande. No evento foi discutido a necessidade de um procedimento padrão para atender este público, que precisa de uma abordagem diferente.

“Decidimos enviar este documento para que este protocolo aos autistas seja usado em nível nacional, em todos os estados pelas forças de segurança. Um procedimento que fará a diferença tanto na abordagem, como nas ações que devem ser tomadas em diferentes situações”, descreveu o coordenador do evento, Max Tosta, que é aspirante a Oficial do Corpo de Bombeiros.

O protocolo de atendimento aos autistas surgiu em Santa Catariana, já é usado no Paraná e está há um mês em vigor no Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul. “Representantes da Polícia Civil e Militar, assim como da Agepen, participaram do evento e vão discutir a implantação do procedimento em suas corporações”, adiantou Tosta.

O seminário contou com palestras, depoimentos e debates com representantes das forças de segurança do Estado, autoridades do poder público e de entidades da sociedade civil, que reconheceram a necessidade de ter um procedimento específico para este público, que vão dispor de um atendimento especializado.

Max explicou que a abordagem a pessoa com autismo deve ser diferente. “Por exemplo se ela tiver perdida, não adianta usar megafone, assim a pessoa (autista) não vai querer ser vista. Em caso de incêndio, o autista busca se esconder, muitas vezes debaixo da mesa e não fugir do local. Em acidentes tem que evitar sirenes e muito barulho, a pessoa pode entrar em uma crise, principalmente se tiver machucada”.

Leonardo Rocha, Subcom
Foto: Bruno Rezende

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