* por Guille Arslanian
Cada vez mais torna-se popular o uso de celulares seminovos no Brasil. Segundo dados do IBGE, divulgados em 2021, dispositivos eletrônicos foram utilizados para o acesso à internet em cerca de 99,5% dos domicílios dos cidadãos. Parte do aumento desses números se aliam à potencialização da inclusão digital, que expandiu o uso de internet móvel para as classes B e C, que trocam de smartphone a cada 12 meses em média.
Por mais que a tecnologia seja revolucionária, a mesma ainda é ofertada para um seleto grupo de pessoas, que diferente de classes menos favorecidas, não vê restrições em relação a compra de novos lançamentos do mercado. Para isso é necessária uma democratização, onde todos os tipos de públicos consigam ter acesso a dispositivos que ofereçam funcionalidades em sua vida cotidiana.
A defasagem em relação à acessibilidade, ocorre por inúmeras razões diferentes, que vão desde o aumento relacionado à inflação de impostos até falta de preços mais rentáveis em relação aos modelos mais novos. Para isso, uma alternativa, que torna-se cada vez mais viável é utilizar como caminho promissor, o mercado de seminovos, que tem crescido em uma taxa de 20% ao ano e serve para que todos tenham aparelhos modernos por preços rentáveis.
Modelos como iPhone 12, Samsung Galaxy S21 e Moto Edge, por exemplo, que já são comercializados há um ou dois anos e não são mais considerados lançamentos, passam a ser vendidos por consumidores que desejam comprar as novas gerações dos modelos. Além disso, outros smartphones mais antigos, que se tornam inativos para os usuários, também podem ser re-comercializados e assim suprirem a demanda.
Em dados divulgados pelo Counterpoint Research, somente na América Latina houve um aumento de 29% no mercado de seminovos, através da criação de empresas especializadas que oferecem aos consumidores opções de modelos, em um formato seguro e prático via e-commerce ou lojas físicas. Entretanto, é possível notar, um grande receio do público, que ainda possui dificuldades em relação a questões relacionadas a compras seguras, para isso listei algumas dicas importantes e que devem ser levadas em consideração na hora de investir ou comercializar um aparelho de segunda linha, veja a seguir:
1 – Verificação pela Anatel
A Anatel é responsável por indicar se determinado telefone é apto ou não para compra e venda, dessa forma, é possível adquirir por meio de uma certificação de que o mesmo pode ser comercializado com a qualidade e segurança que o consumidor merece.
2 – Preços
Os valores dos smartphones seminovos costumam ser entre 25% e 30% mais baratos do que os aparelhos novos. Por isso, pesquisar preços e checar se o mesmo está num valor adequado, se comparado aos outros modelos do mercado, pode ajudar a garantir a venda mais rápida, ou uma compra sem prejuízos.
3 – Ter uso de um ano em média
Observe sempre o tempo de uso, pois o mesmo indicará se o smartphone vale a pena ser vendido ou comprado. O aparelho deve passar por verificação de problemas de hardware ou software e ter restaurada a configuração de fábrica. Questões como bateria devem ser verificadas, para que dessa forma haja uma maior durabilidade no aparelho. Todo smartphone deve passar por uma revisão minuciosa e testes para verificar o funcionamento das peças e atualização dos sistemas.
4- Procedência e confiabilidade
A procedência dos aparelhos deve ser verificada, assim como questões relacionadas à garantia e nota fiscal. Os consumidores precisam se atentar à confiabilidade, com especial atenção à qualidade dos produtos, seriedade na cobrança e na entrega, e confiança na procedência dos aparelhos.
É fato de que o mercado de seminovos é um setor promissor do mercado, entretanto, para que o usuário se sinta seguro ao se inserir dentro dessa tendência, é necessário que o mesmo tenha orientações corretas, assim é possível evitar futuras dores de cabeça e ainda obter qualidade no comércio de eletrônicos.
Guille Arslanian é co-founder & co-CEO na Trocafone
Imagem: Ground Picture (Shutterstock)
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Fonte: Olhar Digital
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