Novo governo apresenta PEC da Transição com R$ 175 bilhões fora do teto de gastos

Geraldo Alckmin

Proposta, que dá liberdade ao PT de gastar para cumprir promessas de campanha, ainda terá de passar por discussões na Comissão de Constituição e Justiça e no Plenário da Casa

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) foi ao Senado Federal no início da noite desta quarta-feira, 16, para apresentar uma sugestão de texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa manter o pagamento do maior programa de distribuição de renda do país, o Auxílio Brasil – que pode voltar a se chamar Bolsa Família – em R$ 600, além do pagamento de R$ 150 adicionais caso os pais tenham filhos de até seis anos de idade. Apelidada de PEC da Transição pelo relator do orçamento federal, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), a proposta inicial prevê que o benefício social estará fora do teto de gastos à partir do próximo ano por tempo indeterminado. Com isso, o custo da continuidade do pagamento do auxílio – bem como o valor adicional – foi projetado em R$ 175 bilhões. No entanto, o orçamento do próximo ano prevê R$ 105 bilhões destinados ao repasse do benefício. “Não entregamos nenhuma PEC. Nós entregamos uma proposta”, informou o Alckmin, que também coordena a equipe de transição de governo.

O relator do orçamento defendeu, na última segunda-feira, que o programa saia do teto de gastos de maneira permanente. “A sugestão que o governo está apresentando, é que seria excepcionalizado do teto de gastos o programa Bolsa Familia. Isso importa o valor total de R$ 175 bilhões, em prazo indeterminado. Estamos tomando uma medida de salvação nacional”, informou Castro após pontuar que os senadores irão se basear na sugestão da equipe petista para formular a proposta que irá tramitar no Senado. “Vamos negociar com as lideranças do Senado até chegarmos a um entendimento do texto ideal. Na hora que tivermos a segurança, nesse momento começaremos a recolher as assinaturas. E como á está acertado, eu serei o primeiro signatário, o que dá a autoria da PEC. Em seguida, vamos coletar as outras. Qual o compromisso do nosso presidente da CCJ? É dar celeridade. Um horizonte: queremos aprovar essa PEC antes de findar o mês de novembro” disse.

Fonte: Jovem Pan News

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