Ao menos 15 pessoas foram mortas em diferentes partes do país; presidente iraniano ordenou que as autoridades ‘ajam rapidamente para identificar os autores do ataque’
Prestes a completar dois meses de protestos pela morte de Mahsa Amini, o Irã registrou na quarta-feira, 16, um dos momentos mais violentos de enfrentamento entre agentes de segurança e civis. Ao menos 15 pessoas morreram em diferentes partes do país, de acordo com um balanço realizado pelo jornal britânico The Guardian. Entre os mortos estão uma mulher, dois adolescentes e um policial que foram alvejados pro dois motociclistas, em dois incidentes separados no Cuzistão e em Isfahan – anunciaram a imprensa e uma fonte médica nesta quinta. Em Izeh, na província do Cuzistão (sudoeste), “elementos terroristas armados” chegaram em duas motocicletas e abriram fogo contra um mercado onde manifestantes e forças de segurança se reuniam. Cinco pessoas foram mortas, e dez, feridas, anunciou uma autoridade local, citada pela agência oficial de notícias Irna. Entre os mortos, estão uma mulher de 45 anos e dois menores de 9 e 13 anos, segundo a mesma fonte. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ordenou que as autoridades “ajam rapidamente para identificar os autores do ataque e levá-los à Justiça para que sejam punidos”, informou a agência de notícias local Fars. Poucas horas depois, em Isfahan, no centro do Irã, dois agressores, também em uma motocicleta e munidos de armas automáticas, atiraram em agentes de segurança, matando um coronel da polícia e dois paramilitares (da força Basij). Estes ataques se inserem em um contexto de manifestações que abalam a República Islâmica, deflagradas com a morte, em 16 de setembro, da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini, de 22 anos. Ela faleceu três dias depois de ser detida pela polícia da moralidade em Teerã, acusada de violar o rigoroso código de vestimenta que obriga as mulheres a usarem o véu islâmico em público.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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