O ano de 2022 está sendo crucial para a transformação digital no setor financeiro, com uma intensa movimentação de bancos e fintechs. O avanço do Pix trouxe novidades como o Nexus (que será oferecido pelo BIS); o Real Digital segue o planejamento e alcança a fase de testes; o Open Banking e o Open Finance ampliaram o compartilhamento de dados para melhorias em todos os serviços financeiros no mercado brasileiro.
De acordo com uma pesquisa encomendada pela Quanto, plataforma de Open Banking, em parceria com a Aster Capital, 65% dos brasileiros estão dispostos a compartilhar seus dados para obter melhores taxas bancárias. Esses dados precisam de uma plataforma segura, confiável e sem margem para vazamentos para que o Open Banking possa ser um serviço tão comum como o Pix é hoje.
No entanto, os consumidores ainda têm dúvidas sobre a segurança dos seus dados.
Um dos assuntos mais discutidos durante a Febraban Tech, maior evento de soluções para o setor financeiro da América Latina, foi a cyber segurança. Uma tendência muito discutida por exemplo, foi a estrutura da nuvem das empresas. As empresas se estruturaram para se apoiarem na nuvem híbrida, e estão avançando nos benefícios de eficiência que a nuvem pública oferece enquanto ela avança na segurança de dados.
Na prática, um dos processos para essa transformação digital envolve digitalizar informações do papel e armazená-las em um sistema seguro e integrado, um movimento prático capaz de reduzir a necessidade do uso constante de papel. Por exemplo, existem no mercado soluções OCR (Optical Character Recognition) que realizam a leitura das informações, extraem dados e digitalizam o conteúdo. Com esse caminho, possíveis vulnerabilidades são identificadas e evitadas.
A transformação digital muda os modelos de negócios, e traz para a pauta a importância de soluções antifraude e de proteção de dados. É necessário que bancos e fintechs adotem e invistam em soluções de cyber segurança que a confiança do consumidor cresça na adoção de serviços. No fim, a possibilidade de compartilhamento de dados, como o Open Banking, está tornando os consumidores cada vez mais exigentes e críticos em relação aos serviços prestados. Afinal de contas, instituição financeira mais confiável é aquela que melhor entende e cuida de seus clientes.
Gabriel Campos é consultor para indústria financeiro na América Latina da Lexmark
Fonte: Olhar Digital
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